Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 04:26
“Pensar em um programa de integridade é muito mais do que pensar em anticorrupção, é pensar em um modo de vida. As empresas que vão ser lembradas no futuro, por consumidores, clientes e até possíveis acionistas são aquelas que não estão demitindo, são as que estão ajudando no combate ao coronavírus”, analisa Pa trícia Punder, especialista em gestão ética e compliance.
Ela observa que o comitê de crise e o programa de integridade devem ser transmitidos em linguagem acessível a todos da empresa, pois toda corporação tem um público interno diverso. “É preciso que isso seja bem estruturado, definir quem fala em nome do comitê, ser muito transparente em relação ao que a companhia acha aceitável ou não durante este período”, recomenda.
“E o empregador tem de dar exemplo, comunicar-se de forma mais coloquial com os funcionários para que todos entendam os valores da empresa”, afirma. “Um comitê de crise faz parte de um programa de integridade e compliance. É necessário que as empresas que ainda não tenham algo assim, procurem uma consultoria para auxiliá-la a implantar o mais rápido possível”, recomenda.
Donos e integrantes de conselhos de grandes empresas chegaram a dar declarações polêmicas no início do período de distanciamento social, até minimizando o número de mortes por covid-19. Esse tipo de atitude não é mais tolerada, gerando boicote às marcadas por parte dos clientes, como observa Patrícia. “Os consumidores estão cada vez mais empoderados, e eles vão se lembrar disso no momento pós-pandemia”, aponta.
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