Trabalho e Formacao

Um dos melhores economistas do mundo reflete sobre a pandemia

Ele cresceu em Brasília, é professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles e fala sobre a retomada da economia e a própria trajetória

Correio Braziliense
postado em 21/06/2020 14:10
Durante a pandemia de covid-19, para resguardar a saúde sem, ao mesmo tempo, implicar perdas econômicas gigantescas, é preciso traçar estratégias cautelosas. Um componente muito importante nesse combate, talvez ainda não tão considerado, é o aspecto informacional. É o que defende o economista Rodrigo Pinto, professor assistente do Departamento de Economia da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
 
Rodrigo Pinto viveu no DF até os 17 anos 
Segundo o estudioso, a população precisa receber informações precisas para ser capaz de avaliar os riscos e os benefícios de sair de casa. Além disso, as mensagens dos governos federal e locais precisam ter coesão, além, claro, de serem confiáveis. Sem isso, o resultado é o sentimento de incerteza que fará as pessoas continuarem em seus lares mesmo que não haja imposição quarentena. No fim das contas, a questão atrasa ainda mais a recuperação econômica.

Rodrigo Pinto, 42 anos, entrou para a lista dos 12 melhores economistas de todo o globo em 2018, quando um artigo dele foi escolhido pelo site Quartz como uma das pesquisas que moldaram o mundo naquele ano. O estudo escolhido analisa o impacto que crescer numa vizinhança rica gera na vida adulta, demonstrando melhores resultados econômicos nesse caso. Uma pesquisa de Rodrigo foi citada por Barack Obama durante fala sobre educação infantil.

Histórico

A UCLA, onde o economista dá aulas 

Rodrigo vive em Los Angeles com a mulher, consultora em engenharia ambiental, e um filho de 3 anos. Ele é PhD em economia pela Universidade de Chicago e mestre pela Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. Foi durante o mestrado que, numa conferência, conheceu James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de economia do ano 2000 e que, mais tarde, se tornaria seu parceiro de pesquisa. Rodrigo e Heckman publicaram vários artigos juntos. Foi o interesse no trabalho do economista estadunidense que despertou a vontade de fazer doutorado em Chicago, onde o primeiro é professor.

Mineiro de Itajubá, Rodrigo cresceu em Brasília, onde viveu até os 17 anos, quando foi cursar engenharia civil na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Na capital federal, estudou no Centro Educacional Leonardo da Vinci e no Colégio Objetivo. O pai dele, falecido, era engenheiro eletricista. A mãe, economista e aposentada do Ministério do Trabalho, e um dos irmãos de Rodrigo, economista, moram no DF. A irmã, formada em marketing, vive no Rio.

Como você e sua família estão enfrentando a pandemia?
A gente não tem mais lockdown, mas estou ficando em casa o tempo todo, fazendo distanciamento social. Todas as compras pedimos pela internet para delivery. Faz quase dois meses que não saímos a não ser para ir a um parque nacional perto, dar uma caminhada e voltar. Toda essa questão da covid-19 é muito triste, mas confesso que a produtividade acadêmica pode ser até superior. Todas as minhas aulas consigo dar on-line. O que mais mudou é o fato de o meu filho não ir à escola. Uma baby sitter fica com ele de manhã. Moro numa casa grande, o que facilita bastante. Se eu morasse em apartamento, seria mais complicado.

Muitas universidades públicas no Brasil interromperam as aulas, enquanto nos EUA e em vários outros países, a maior parte rapidamente implantou aulas on-line. As instituições daí estavam mais preparadas para a EAD?
A UCLA, onde eu trabalho, é a maior dos Estados Unidos em termos de quantidade de professores e alunos e já contava com um sistema com grandes facilidades. Toda aula presencial já era gravada e ia para o site. Agora, a diferença é que a aula é via Zoom. A universidade não parou e migrou para o on-line com pouca diferença do que acontecia antes. A crise de covid-19 possibilitou aos professores até dar uma aula mais sofisticada em termos de softwares. Eu dou aula para estudantes de graduação e pós-graduação. Quando aplicamos provas, há uma câmera obrigatoriamente posicionada para o aluno. É obrigatório o microfone ficar ligado e a pessoa não pode usar nenhum outro tipo de eletrônico. Então, você consegue ter certo nível de controle. Tem alunos estrangeiros que voltaram para seus países e continuam as aulas de suas terras natais.

Como você avalia as medidas sanitárias adotadas aí por causa do coronavírus?
Os governos tomaram medidas bastante diferentes. A Califórnia adotou lockdown, e Los Angeles tem características que tornam isso mais fácil: em primeiro lugar, 80% da cidade é composta de casas. Por causa de terremotos, há regulações para não haver edifícios altos. Então, a densidade urbana é bastante inferior a outros grandes centros, por exemplo, o Rio de Janeiro, onde morei antes de vir para cá. Em segundo lugar, Los Angeles é uma das cidades mais prósperas dos Estados Unidos. Então, a maior parte dos trabalhadores estão numa situação confortável. Como se não bastasse, o governo ainda dá US$ 600 por semana para quem perdeu o emprego por causa do coronavírus.

Se você estivesse vivenciando a pandemia no Brasil, o que mudaria?
Eu me sentiria muito menos seguro. Em primeiro lugar, pelo lugar onde eu moro, que tem baixa densidade urbana. Em segundo, pelo sistema de serviços. A parte de entregas nos Estados Unidos é muito mais avançada em comparação com a do Brasil. Você consegue comprar tudo pela Amazon para receber no dia seguinte na porta de casa, incluindo produtos de supermercado. E os próprios supermercados têm serviços de entrega. É uma facilidade que existia antes da pandemia. E as empresas que não faziam isso foram muito rápidas para desenvolver mais sistemas de delivery. Em terceiro lugar, pela questão cultural: no Brasil há uma cultura latina, com mais contato entre as pessoas, o que facilita o contágio.

O que pode melhorar na maneira como o Brasil está lidando com a pandemia?
O mais interessante é pegar o que o mundo inteiro fez, analisar os dados e ver qual a conduta mais adequada em termos de políticas públicas. É uma questão complexa. Alguns governos tiveram muito sucesso, outros tiveram menos e varia muito de acordo com as características de cada país. Não existe unanimidade de resposta à covid-19, existem critérios que podem ser aplicados de acordo com a comunidade. A parte de proibir aglomeração de pessoas é importantíssima, ou seja, festas, cinemas, igreja, teatros.... O lockdown é fundamental. É a ideia de restringir o vírus até chegar a uma incidência que seja tratável de acordo com a capacidade do sistema de saúde da região. É preciso fazer por, no mínimo, duas semanas e o ideal é que seja o mais restrito possível. A opção ideal a partir disso é testar em massa, localizar e rastrear os infectados para isolar e tratar. Em termos de tecnologia, a China foi a mais avançada por motivos que são questionáveis porque a população perde direitos de privacidade. As medidas adotadas lá não seriam constitucionalmente aplicáveis nos Estados Unidos, pois incluem rastreamento por celular e testagem dos que apresentarem risco. Isso também requer uma infraestrutura em termos de teste que o Brasil provavelmente não teria.

Por que a atividade econômica diminui tanto durante a pandemia?
Segundo estimativas, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e de outros países vai cair mais de 10%. O impacto vem porque as pessoas ficam em casa. Tende-se a pensar que o governo tem a opção de fazer o lockdown ou não por simples escolha e que, se de repente, suspender a quarentena, todo mundo vai voltar a trabalhar e comprar normalmente; assim, a economia voltaria aos patamares anteriores rapidamente. Essa ideia é errônea. O governo pode tentar forçar o lockdown, mas ele não pode forçar a retomada imediata da economia. Se as pessoas têm medo de pegar covid-19 ao sair de casa, elas simplesmente não vão sair, independentemente das regras que estiverem valendo. O lockdown inicial é muito importante para tornar a crise gerenciável, mas a parte de retomada da economia depende muito da percepção da gravidade do vírus pela população.

A imposição, por exemplo, de fechar o comércio por parte de um governo, então, não é o que mais impacta negativamente a parte econômica?
Tem lugar que tem lockdown e as pessoas não cumprem direito, aí não adianta. Tem locais onde é levado a sério, como foi aqui. E tem o contrário: ambientes onde o lockdown não foi imposto, mas há um declínio da atividade econômica muito próximo do de regiões onde ele foi instaurado. Os países nórdicos são interessantes para fazer essa análise, pois tiveram declínio de atividade econômica parecido, apesar das diferenças. A Dinamarca adotou lockdown, a Suécia, não. O governo sueco fez propaganda dizendo que a incidência do vírus não era tão dramática. O problema é que a Suécia teve cerca de 10 vezes mais mortes que a Dinamarca. Os suecos, então, desacreditaram o que o governo estava fazendo e começaram a ficar em casa. Quando acontece isso, você perde uma grande ferramenta de política pública, que é a credibilidade. Mesmo se o governo da Suécia incentivar a retomada, as pessoas não vão seguir isso porque ele perdeu a credibilidade.

Como você avalia esse aspecto no Brasil?
A análise de credibilidade no Brasil é uma completa bagunça, pois há luta entre o governo federal e governos estaduais. Se o governo federal, os estaduais e a mídia estiverem coesos e precisos, haveria uma retomada da economia muito mais rápida do que a que realmente vai acontecer. Há uma incerteza de dados imensa. Assim, a vontade das pessoas é de ficar em casa. Quem não está ficando é porque tem um custo muito grande de ficar, até mesmo em termos de alimentação. Se as pessoas souberem exatamente qual a probabilidade de pegarem ou falecerem pela doença pelas próprias características e pelo local onde estão, terão mais segurança.

Quais as melhores recomendações de como lidar com a pandemia e com as perdas econômicas?
Não existe resposta única para essa pergunta. O recomendado por médicos e pela OMS (Organização Mundial da Saúde) seria o lockdown total. E eles estão certos se o foco for única e exclusivamente acabar com a epidemia. Agora, sob a perspectiva de economistas, é preciso analisar a situação com mais cautela. O economista e o fazedor de políticas públicas estão preocupados não só com conter a epidemia, mas também com a grande perda de riqueza de uma sociedade, que se dá por empresas quebrando, pessoas entrando em seguro desemprego... Mas como fazer uma reabertura mais criteriosa? Além de tomar cuidados, como distanciamento, uso de máscara e álcool em gel nos estabelecimentos, é preciso informar a população de que vai abrir a economia, mas isso não implica que o país está fora do risco de covid-19. É preciso esclarecer que vai reabrir com função pura e simplesmente econômica, para prevenir a perda de empregos e o fechamento de empresas.

E como as pessoas devem agir sabendo que a reabertura teve base econômica?
É uma grande guerra informacional e as informações devem ser dadas com a maior precisão possível. A decisão de sair para a rua deve ser pessoal levando em consideração os riscos e os benefícios, que só podem ser calculados com informações precisas. Seria interessante um sistema para mostrar onde estão os principais focos de contágio da doença, quais comunidades têm pouca ou muita incidência. Podemos aprender com a China e com a Coreia do Sul em termos de uniformidade e precisão nas informações públicas sobre os riscos e os benefícios. Isso a gente não tem no Brasil, mas também não tem na Suécia, por exemplo.

Quais recomendações você daria para o Brasil enfrentar a crise econômica que se intensificou com a pandemia de covid-19?
Isso aí daria um artigo de 12 páginas (risos). Tem tanto que pode ser feito. Abrir depois do lockdown exige grande estratégia do poder público para aplicar testes e rastrear as pessoas com covid. Alguns países estão fazendo alternadamente períodos com e sem lockdown para combater a crise. Toda vez que você reabre a economia, há mais casos do vírus, mais pessoas morrem, aí você faz o lockdown de novo e diminui. Só que, quando você precisa fechar de novo, perde-se a ferramenta de política pública de poder influenciar a percepção sobre o contágio. Quando você reabre a economia, as pessoas tendem a pensar que a incidência não é mais tão grave. Mas se você abre, os números aumentam muito e é preciso fechar de novo, perde-se totalmente a credibilidade. Aí, se, no futuro, você reabrir e dizer que as pessoas podem sair, elas não vão acreditar, tornando a retomada e o reaquecimento da economia muito mais lentos. É preciso reabrir com três pilares: dar informação muito precisa para a pessoa se orientar, aplicar testes em massa, e rastrear e isolar as pessoas com sinais da doença.

O que esperar do “novo normal”? Que aprendizados ficarão?
O que precisamos entender é que vamos lidar com essa doença por pelo menos mais um ano até que a vacina seja desenvolvida. A covid vai estar em nós durante muito tempo, acredito que será um tipo de doença para a qual todo ano as pessoas terão de tomar vacina. A covid vai sempre aumentar no inverno e diminuir no verão por causa da temperatura. Fora isso, toda vez que surge uma crise, surgem grandes oportunidades. No mercado imobiliário, as pessoas buscarão mais morar em casa do que em apartamento, diminuindo a concentração urbana. O grande legado é tornar a produção de bens e serviços mais eficiente com produção remota. Empresas tiveram de adotar o home office e pensam em permanecer nele, pois é mais barato, você precisa de menos espaços…. As pessoas são forçadas a produzir e contratar de maneira diferente, o que modifica as estruturas tradicionais das empresas. Há uma tendência de tornar mais flexíveis os contratos de emprego, algo benéfico para a sociedade. Lei trabalhista muito forte é muito boa para quem está empregado. Para a economia, em geral, não é bom, pois aumenta o desemprego e dificulta as contratações.

O que o levou a migrar da engenharia para a economia?
Gostar de pesquisa. Eu confesso que gosto muito de engenharia até hoje. Estudar na Unicamp teve um impacto muito grande na minha vida, conheci pessoas de todo o país com vontade de vencer na vida. O que eu não gostei foi de pesquisa em engenharia. Pesquisa é algo muito mais amplo e complexo em economia. É mais complexo porque não tem como fazer um laboratório de economia para testes. Laboratórios de economia são sociedades, cidades e países. O mestrado em economia na FGV do Rio me deixou grandes saudades, é uma escola de nível mundial. Quando você faz PhD em economia, é por carreira acadêmica normalmente. Nos Estados Unidos, o PhD tem dois anos iniciais e, depois, de três a seis anos simplesmente para fazer pesquisa.

O que é preciso para ter êxito como pesquisador e professor?
Para seguir a carreira acadêmica, você tem de consumir o máximo de informação possível, tem de estudar todos os dias da sua vida pelo resto da vida, tem de ter uma paixão imensa por adquirir informação, tem de ser uma pessoa extremamente curiosa. Eu gosto muito, muito de pesquisa, de pensar em problemas. Se você não fica desesperado e sedento por consumir informação, carreira acadêmica não é para você. A grande felicidade da parte acadêmica é fazer pesquisa em si, é resolver desafios, conectar áreas distintas do conhecimento humano…

Como você se sentiu ao ser reconhecido com um dos melhores economistas do mundo?
O maior reconhecimento, para mim, é conseguir publicar trabalhos acadêmicos em grandes jornais de pesquisa. Outros reconhecimentos são muito importantes, mas têm menor impacto na carreira acadêmica. Para mim, entrar nessa lista foi espetacular, gostei bastante, isso me ajuda na carreira acadêmica porque chama a atenção de outros pesquisadores que se interessam pela pesquisa que estou fazendo.

Como você começou a investigar a primeira infância?
Uma das maiores questões estudadas na parte de leis econômicas, economia do trabalho e microeconomia é o aumento do capital humano, você estuda como riqueza é gerada. E o capital humano é a quantidade de conhecimento que você tem de ter para gerar atividade econômica. Na evolução do capital humano, analisando o retorno do investimento no ensino superior, percebe-se mais ganho para pessoas que já têm maior capacidade cognitiva e não cognitiva. Se você fizer um curso muito complexo, por exemplo, sobre inteligência artificial, é interessante dar esse investimento para as pessoas mais interessadas e mais inteligentes. Economicamente faz sentido, mas em termos de diminuir desigualdades não porque você aumenta desigualdades na população. Uma maneira de diminuir a desigualdade e ajudar as pessoas menos favorecidas é aumentar imposto, mas isso tem um efeito muito maléfico para a economia. Os impostos do Brasil já são imensos. Existem outras possibilidades. A educação infantil é um dos poucos investimentos em capital humano em que é mais eficiente investir nas crianças em risco, nas pessoas economicamente mais desprivilegiadas. E é um dos poucos tipos de investimento em capital humano que reduz a desigualdade da população. Tem grande impacto não só em termos de emprego e renda, mas também na redução da criminalidade e de problemas de saúde no futuro.

Quando o investimento no ensino superior exatamente vale a pena?
Seria preciso ver o efeito causal da universidade na renda, que é quanto mais de renda a pessoa que vai para a universidade tem em relação a quem não foi. Mas não tem como fazer essa comparação porque quem foi é diferente de quem não foi. Ao comparar, você compara não só o efeito da universidade em si, mas também as caraterísticas das pessoas que foram e não foram para a universidade. Isso se chama viés de seleção. Botando em termos específicos, as pessoas que foram para a universidade podem ter mais acesso financeiro, podem ser mais inteligentes ou podem ter mais garra. E a diferença de renda pode refletir a diferença inicial dessas pessoas e não a universidade em si. Muitos políticos observam que quem vai para a universidade ganha mais que quem não vai. Isso gera a tendência de achar de que a solução para a sociedade é simplesmente botar mais gente na universidade. No entanto, não é o caso: escolher pessoas para dar universidade de graça para elas não vai gerar a mesma renda que quem já iria para a universidade de todo modo vai ter. Muitas vezes, o retorno do ensino superior é negativo, isso acontece muito nos Estados Unidos, onde 60% da população que trabalha tem curso superior. O retorno negativo vem por dívidas educacionais e, mais importante, por perder cinco anos da vida se formando e, muitas vezes, não trabalhar na área ou trabalhar num cargo que nem exigia formação universitária.

Que conselho você daria para jovens que estão escolhendo a carreira?
Se você pegar cursos como antropologia e sociologia, é difícil achar vagas no mercado de trabalho. Não tem demanda. Todo mundo vê quanto ganha um popular jogador de futebol. Mas poucos veem a vida de miséria que leva a maioria dos que vão ser jogadores de futebol. Se você for escolher uma carreira na vida, não escolha ser jogador de futebol. Na média, os jogadores de futebol ganham salário de fome. Na média, artista ganha pouco dinheiro… Quando eu era mais jovem, eu perguntava para as pessoas mais velhas que conselho me dariam. Era comum ouvir: “você tem de escolher uma carreira de que goste”. Esse é um péssimo conselho para a vida. O que você gosta tem grande tendência de ter alta oferta e baixa demanda. Escolha uma carreira com demanda alta e extremamente estável. Um exemplo: medicina, engenharia da computação… Aptidão você constrói com o tempo. O meu conselho não é faça o que gosta. É aprenda a gostar daquilo que é interessante você gostar. Não tente só aprender aquele assunto. Tente aprender a gostar daquele assunto.

Quer dar mais uma dica aos leitores?
Outro conselho: esforço vale muito mais do que inteligência. Esforço é fundamental e você não consegue nada na vida sem grande quantidade de esforço. Você não tem capacidades intrínsecas. Você não consegue fazer algo de valor sem botar muito esforço para aprender algo de maneira profunda para, aí, sim, começa a fazer algo de valor.

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