Trabalho e Formacao

Especialistas dão dicas para cuidar das finanças durante a crise

Segundo pesquisa, 40% dos trabalhadores perderam renda na pandemia. Até mesmo quem não passou por mudança salarial deve ficar atento e fazer reserva

Correio Braziliense
postado em 28/06/2020 15:06
Diante da crise econômica provocada pelo coronavírus, a empresa onde Jéssica Silva, 25 anos, trabalhava como supervisora operacional demitiu todos os funcionários. “Ela já estava um pouco ruim das pernas, pagando atrasado... Acabou vindo a pandemia e não teve jeito”, relembra a engenheira de produção pela Faculdade Pitágoras.
 
Mais gente desempregada, profissionais com contrato suspenso e salário reduzido, empresas fechando%u2026 Todos esses são problemas que exigem mais controle dos gastos. Segundo pesquisa, 40% dos trabalhadores perderam renda durante a crise sanitária. Até mesmo quem não passou por uma mudança salarial deve ficar atento e fazer reserva 
Jéssica não foi a única da família a sofrer as consequências da crise: a mãe também ficou desempregada, e o pai, que tem uma loja de costura, viu o negócio perder faturamento. O único que continuou trabalhando foi o irmão, que é estagiário. “Neste último mês, começamos a ficar bem preocupados. Mas, aí, eu e meu pai recebemos o auxílio-emergencial e estamos conseguindo pagar as despesas básicas. É claro que tivemos que cortar extras”, conta a jovem.

Para complementar a renda, Jéssica começou a vender bolos. “Até que tem sido um negócio bem-sucedido para quem começou agora”, diz. A engenheira também está distribuindo currículo e tem aproveitado o tempo em casa para fazer cursos on-line e se aperfeiçoar.

A realidade da família de Jéssica é comum a milhares de brasileiros. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, feito no início de maio, 40% dos trabalhadores perderam renda durante a pandemia de coronavírus. Desses, 23% ficaram totalmente sem receita e 17% viram o rendimento mensal cair.

Planejamento

imagem de uma calculadora em cima de uma mesa com várias moedasNeste contexto, é preciso rever hábitos de consumo e cortar gastos. O planejamento financeiro torna-se essencial para contornar as dificuldades econômicas e sobreviver à crise.“Ter sucesso com dinheiro é sinônimo de se planejar. Para isso, tenho que pensar nos próximos três meses. Quanto eu sei que vou receber e quanto vou pagar”, explica a consultora em finanças pessoais Myrian Lund.

“É importante anotar todos os gastos no papel e saber para onde o dinheiro está indo. Não dá para fazer essas contas de cabeça, porque nossa mente é limitada. Ela esquece as despesas pequenas e só considera as que acha importante”, acrescenta. De acordo com a coordenadora de MBAs em gestão em cooperativismo de crédito da Fundação Getulio Vargas (FGV), a palavra-chave para quem perdeu receita durante a crise é negociar.

Jéssica Silva ficou desempregada depois que a empresa onde trabalhava fechou“Você vai renegociar todas as suas despesas, de A a Z”, afirma. “Teve o caso de uma cliente minha que disse: ‘ah, mas a escola do meu filho já me dá 50% de desconto’. Mas se 50% não esão sendo suficientes, se você não está conseguindo pagar, vai lá e negocia de novo. Ela fez isso e a escola ofereceu mais 15%”, exemplifica.

Myrian aconselha que se negocie redução, não parcelamento. “O importante é você conseguir desconto, não adiar para o futuro. Se não, depois, além de pagar a prestação do mês, você terá de arcar com outra em cima.”

Poupe

O segundo passo para enfrentar a crise, segundo a especialista em finanças pelo Ibmec, é guardar todo o dinheiro que não for destinado às despesas essenciais na reserva de emergência. “Isso é importante principalmente se você estiver desempregado. Guarde seu dinheiro. Ele precisa durar até seis meses, porque pode ser o tempo necessário para arrumar um emprego”, explica Myrian. “Se você foi demitido, não é para usar o auxílio para pagar dívidas. Se não, vai viver de quê no mês que vem?”, alerta.

O terceiro passo é buscar novas formas de ganhar renda e fazer trocas. “Eu vejo quais habilidades tenho e ofereço para outras pessoas”, explica. “Tem gente que estava sem dinheiro e começou a fazer máscaras de pano para vender. Outros começaram a dar aulas on-line”, diz. De acordo com a mestra em gestão empresarial pela FGV, vender objetos que não são mais utilizados também é uma boa opção para ganhar dinheiro. Ela cita o caso da cunhada, que vendeu um teclado que não funcionava mais por R$ 150 na OLX. “Ela ganhou R$ 150 por algo que era lixo para ela, mas, para outra pessoa, não. Tem técnicos que compram para usar teclas. Teve briga pelo teclado.”
 
Segundo pesquisa, 40% dos trabalhadores perderam renda na pandemia. Até mesmo quem não passou por mudança salarial deve ficar atento e fazer reserva

Momento de cortar gastos

 

Para quem perdeu receita durante a pandemia, é momento de enxugar, ao máximo, as despesas. De acordo com a pesquisa da CNI, três em cada quatro brasileiros reduziram os gastos após o início das medidas de isolamento social. Desses, 42% dizem que foi pela insegurança quanto ao futuro, 30% alegam que foi pela perda de renda e 26% justificam os cortes pelo isolamento em si. Além disso, quase metade dos trabalhadores admite que a preocupação com o controle de gastos pode persistir no cenário pós-pandemia.

 “Quando a pessoa não tem reserva nem muita entrada de dinheiro, precisa fazer uma operação de guerra, que nada mais é do que dizer ‘não’ para uma série de coisas que tinha no lar”, pontua o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos. “Se eu tinha uma TV a cabo que custa R$ 200, neste momento eu posso trocar o pacote ou eliminá-la e começar a usar a Netflix. Se, antes, eu gastava R$ 1 mil no supermercado, agora terei que gastar R$ 500, comprando produtos mais baratos.”

De acordo com o PhD em educação financeira, à frente do canal do YouTube Dinheiro à Vista, é importante que toda a família participe do plano. “Não é fácil você chegar para seus filhos e dizer que terá que diminuir o pacote de internet. O que vai ajudar é falar com eles sobre sonhos. ‘Filho você quer mesmo aquele videogame? O salário do papai diminuiu, então, de onde a gente pode tirar dinheiro para continuar guardando?’. As crianças devem participar do planejamento”, explica.

Para agir frente às dívidas

Myrian Lund: A situação econômica é ainda mais problemática para quem entrou na crise com dívidas antigas. Afinal, o que fazer agora? De acordo com a consultora em finanças pessoas Myrian Lund, essa deve ser a última preocupação no momento. “Primeiro, você tem que pensar nas despesas essenciais: moradia, alimentação, estudo e saúde. Não adianta liquidar todas as dívidas e, no mês seguinte, não ter dinheiro para viver”, afirma.

“Se você não está conseguindo pagar nem suas contas essenciais, como vai pagar prestações do banco? Abra conta em uma instituição financeira onde você não tem pendência nenhuma e faça portabilidade do seu salário para lá enquanto se organiza”, sugere a especialista.

“As pendências que você não pode parar de pagar são as com garantia de algum bem. As outras, com muita paciência e conversando com o banco, você vai conseguir liquidar depois.” Myrian explica que, no caso das pessoas que estão pagando normalmente alguma dívida não consignada, os bancos estão dando até seis meses de dilatação.

Ricardo Balistiero: Na avaliação do mestre em economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ricardo Balistiero, é momento de negociar e tentar trocar dívidas caras por dívidas mais baratas, buscando os menores juros possíveis. “Por exemplo, se você tem pendência no cartão de crédito, você pode ir para o cheque especial. Se tem dívida no cheque especial, pode ir para o crédito direto ao consumidor. Se você tem dívida no crédito direto ao consumidor, vai para o crédito consignado.”

Ainda de acordo com o professor e coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia, é preciso entender a raiz do problema. “Por que você contraiu dívidas? É muito importante olhar para o seu orçamento e analisar se há alguma despesa que seja a grande causadora de deficit e que possa ser cortada”, diz. “Esse é um ponto importante e, talvez, seja o momento ideal para ter esse tipo de reflexão.”

Reflita

Como utilizar o dinheiro do FGTS?

O saque emergencial de até R$ 1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi uma das medidas criadas pelo governo federal para auxiliar os trabalhadores durante a crise. Para aqueles que pretendem retirar o dinheiro, a dica é semelhante à orientação em relação ao auxílio de R$ 600: usar o valor para gastos essenciais.

“Não é prudente sacar esse dinheiro para consumir algo de que você não necessita”, afirma o economista Ricardo Balistiero. “O FGTS é uma reserva para quando (ou se) você perder o emprego e até conseguir outra colocação.” Ele diz que, com a queda da taxa básica de juros (Selic), não é tão vantajoso sacar do Fundo, que  passou a render mais do que outras aplicações.

“Sacar o FGTS só para ganhar algum juro com isso no momento em que a taxa Selic está no seu menor patamar histórico (2,25% ao ano) é se arriscar muito. Você, provavelmente, enfrentará alguma aglomeração na agência da Caixa Econômica Federal por causa de alguns trocados em cima de um saque que está próximo a mil reais. Não compensa.”

O criador do canal Dinheiro À Vista e PhD em educação financeira, Reinaldo Domingo, concorda. “Eu acho muito válido você sacar esse dinheiro se houver necessidade. Agora, se você não precisa, é melhor deixar lá guardado, porque está rendendo mais do que a caderneta de poupança.”

Pesquisa

Cinco em cada 10 jovens relatam redução da renda familiar

A Pesquisa “Juventude e a pandemia do coronavírus” mostra o impacto da covid-19 na economia, na educação e na saúde mental das pessoas entre 15 e 29 anos. O estudo teve 33.688 participantes e mostra que cinco em cada 10 jovens brasileiros tiveram redução da renda familiar durante a crise provocada pela covid-19, e quatro em cada 10 relatam perda ou diminuição da renda própria.

Além disso, 60% dos entrevistados tiveram alteração da carga de trabalho desde o início da pandemia (mais ou menos trabalho, parada temporária das atividades ou, ainda, interrupção por demissão). Nesse contexto, 33% dos participantes relatam ter buscado alguma maneira para complementar a renda.

A pesquisa também mostra o impacto da crise na educação: 28% dos que responderam ao questionário pensam em não voltar para a escola quando a pandemia acabar. Entre os que planejam prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 49% pensaram em desistir.

Ainda segundo o levantamento, a crise do coronavírus teve impacto significativo na saúde mental dos jovens: 7 em cada 10 participantes disseram que seu estado emocional piorou por causa da pandemia, enquanto os sentimentos mais marcantes para eles durante o isolamento social são ansiedade, tédio e impaciência.

Promovido pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), em parceria com a rede Em Movimento, a Fundação Roberto Marinho, o Mapa Educação, o Porvir, a Rede Conhecimento Social, a Unesco e a Visão Mundial, o estudo ouviu, entre 15 e 31 de maio, jovens de 15 a 29 anos de todo o Brasil por meio de um questionário disponibilizado pela internet.
 
Segundo pesquisa, 40% dos trabalhadores perderam renda na pandemia. Até mesmo quem não passou por mudança salarial deve ficar atento e fazer reserva 

Orientações

Como fazer bom uso do auxílio emergencial?

Para os beneficiários do auxílio emergencial pago pelo governo, é preciso planejamento e cautela ao utilizar os R$ 600. Com tantas contas para pagar, pode ser difícil escolher para onde direcionar o dinheiro. De acordo com especialistas, o valor deve ser usado única e exclusivamente para gastos essenciais. “O auxílio de emergência não é para pagar dívidas”, adverte o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos. “Se não tiver destino claro, guarde o dinheiro. Ele deve ser usado para necessidades futuras, não pendências do passado.”

O professor e economista Ricardo Balistiero alerta: “É muito importante ter racionalidade (ao utilizar o auxílio), porque é um recurso finito. Ele deve ser canalizado para as despesas mais essenciais de uma pessoa ou família”. De acordo com o coordenador do curso de administração do Instituto Mauá de Tecnologia, o valor deve ser usado em gastos como alimentação e aluguel, se necessário.

“É muito importante que esse auxílio seja entendido como um gasto emergencial, ou seja, é uma ajuda que está sendo dada para que a pessoa possa enfrentar esse período com menos desespero. Vale lembrar que R$ 600 não são um valor alto, mas, para algumas famílias, podem fazer muita diferença.” 

Reinvenção em meio à crise

Kelly Cristina Freitas passou a vender kits juninos 

A técnica em gestão hospitalar Kelly Cristina Freitas, 46 anos, teve salário reduzido em 50% em meio à pandemia. Na mesma semana em que recebeu a notícia do corte, a casa dela, no Recanto das Emas, foi assaltada. “Foi tudo de uma vez só. Pensei: e agora?”, lembra. Foi aí que ela teve a ideia de começar um novo negócio: vender kits com comidas de festa junina.

“Já que não haverá comemoração este ano, eu precisava inventar algum jeito para as pessoas comerem comida típica”, afirma. É ela quem prepara os lanches, decora as caixas e faz as entregas. “Está dando um retorno bom, melhor do que eu esperava. Em dois fins de semana, tirei praticamente dois meses de salário”, comemora. Kelly, que mora com os dois filhos, diz que não pretende acabar com o negócio, independentemente da pandemia. “Eu já estou pensando na feijoada na caixa”, conta.
 
mesa de aniversário enfeitada com bolos

“Nessa crise, as pessoas tiveram que abrir a mente para criar opções de ganhar dinheiro. Às vezes, a gente fica acomodado e pensa: ah, não vai dar certo. Mas só dá para saber tentando”, frisa Kelly.

As contas aumentaram

Iggor Mendonça Feitosa: Com a quarentena, é comum que despesas domésticas como água, luz, energia e supermercado aumentem. Foi o que aconteceu com Iggor Mendonça Feitosa, 26 anos, estudante de engenharia ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB). O jovem, que é pensionista e mora com a namorada, não perdeu a renda mensal, mas teve de barganhar contas em casa.

“Eu negociei valores relacionados à internet e televisão e consegui um desconto de cerca de 15% por seis meses”, relata. “A empresa em questão mostrou-se compreensiva e, apesar de a negociação ter sido tranquila, foi um pouco demorada.” Iggor conta que não seguia um planejamento financeiro, mas está tentando adotar um aos poucos devido à crise.

“Não senti o baque da crise”

Antônia de Carvalho Silva: Antônia de Carvalho Silva, 52, não sentiu o baque da crise. A revendedora lidera um time de vendas da Avon e conta que, com o fechamento dos shoppings e lojas de rua, as pessoas começaram a comprar mais cosméticos por catálogo. Além disso, ela intensificou a divulgação dos produtos nas redes sociais, o que também contribuiu para o aumento das vendas.

“No entanto, houve redução do número de pessoas interessadas em vender cosméticos nas residências. Com isso, os meus ganhos caíram. Mas, como as vendas aumentaram, não senti esse impacto”, diz. “Além disso, como meu marido é aposentado, nós não sentimos o baque nas nossas finanças”, acrescenta. Ela conta que a empresa fez um acordo para pagar uma quantia mensal aos revendedores durante a crise, o que também tem ajudado a enfrentar o período.

Com as medidas de isolamento social, normalmente os clientes optam por buscar a mercadoria na casa do revendedor, em um esquema de drive-thru (eles pagam e recebem dentro do carro). Há, também, a opção de os cosméticos serem entregues por um motoboy. “Se parar tudo, como a gente vai se sustentar? Não tem como. A gente tem que se adaptar ao momento”, afirma a executiva.

Aprenda

Sebrae lança vídeos com dicas de finanças

Com a crise causada pela pandemia da covid-19, algumas pequenas e médias empresas estão passando por dificuldades na gestão. Pensando em como ajudar essas firmas, o Sebrae de Mato Grosso do Sul lançou no canal do YouTube vídeos com dicas preciosas que podem ser incorporadas aos negócios.

Para falar sobre finanças e créditos, o convidado foi o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP), autor do livro O fenômeno Fintech e especialista em Fintech, Bruno Diniz. Na série de vídeos, ele fala sobre empréstimos, alternativas de crédito por meio de fintechs, soluções de fintechs para gestão financeira, contabilidade e pagamentos. Os aulas estão disponíveis no canal do YouTube: Confira lá!

Informe-se

João Guilherme Assafim, professor de direito, tira dúvidasQuais são os meus direitos como consumidor?

Conhecer o Código de Defesa do Consumidor, principalmente durante este período, é fundamental para não ser passado para trás e evitar prejuízos financeiros ainda maiores. O professor de direito do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) João Guilherme Assafim tira as principais dúvidas sobre o assunto.

“Identifiquei um produto com preço abusivo. O que fazer?”
Se o consumidor verificar a possibilidade de preço abusivo, deve procurar os órgãos de controle: Procon ou Ministério Público do Consumidor. O órgão de controle notifica o estabelecimento comercial para que ele apresente a nota fiscal da compra do produto. Se for verificado que, efetivamente, houve um aumento exagerado, a loja pode ser penalizada e pagar multa.

“Tinha comprado ingresso, mas o show foi cancelado”
Se existe a possibilidade de remarcação do evento, fica a critério do consumidor aceitar a nova data ou solicitar o estorno da compra do ingresso. A pessoa que não puder ou não quiser ir ao evento na nova data pode exigir o ressarcimento do valor. Se ela tiver algum constrangimento no sentido de receber esse dinheiro, pode recorrer à Justiça.

“O que acontece com a passagem que eu comprei?”
A própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) traz regras regulatórias no sentido de você poder remarcar a data do voo ou receber a devolução dos valores pagos, sendo que a companhia aérea tem o prazo de 12 meses para fazer o reembolso.

“Como fica minha academia?”
O aluno tem a opção de suspender o contrato se ele quiser ou até de efetuar o cancelamento sem pagar multa, tendo em vista o evento extraordinário. O que nós temos observado em várias academias do DF é um acordo entre os clientes e as empresas: os clientes pagam parcialmente o valor da mensalidade, para que a academia tenha condições de manter os funcionários, e, quando acabar o isolamento, eles terão um desconto referente ao que foi pago.

“E a mensalidade da escola do meu filho?”
Pelo Ministério da Educação (MEC), houve um entendimento de que, se o colégio está prestando a aula pelo sistema on-line, ele está cumprindo a hora-aula do currículo. Nesse sentido, a Secretaria Nacional do Consumidor efetuou uma nota técnica mencionando que, se a escola cumpre a grade ou quase a totalidade da grade de forma on-line, não haveria que se falar em redução das parcelas das mensalidades.
 
 
*Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa  

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  • imagem de uma calculadora em cima de uma mesa com várias moedas
    imagem de uma calculadora em cima de uma mesa com várias moedas Foto: Divulgação
  • Mulher negra de cabelo crespo preto segurando um bolo rosa em formato de coração. Veste camiseta com estampa do Mickey e está sorrindo
    Mulher negra de cabelo crespo preto segurando um bolo rosa em formato de coração. Veste camiseta com estampa do Mickey e está sorrindo Foto: Arquivo Pessoal
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    Homem branco e careca sorrindo para a foto. Veste terno cinza Foto: Michele Neregatto/Divulgação
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    Homem alto branco de terno e braços cruzados Foto: Instituto Mauá/Divulgação
  • Mulher branca de cabelo curto, liso e castanho. Vesta blusa amarela e colar de pérolas branco. Está sorrindo para a foto
    Mulher branca de cabelo curto, liso e castanho. Vesta blusa amarela e colar de pérolas branco. Está sorrindo para a foto Foto: Andrex Photos/Divulgação
  • Mulher branca de cabelos loiros, lisos e longos. Veste calça e blusa pretas e está sorrindo para a foto. Está sentada em uma cadeira laranja
    Mulher branca de cabelos loiros, lisos e longos. Veste calça e blusa pretas e está sorrindo para a foto. Está sentada em uma cadeira laranja Foto: Arquivo Pessoal
  • mesa de aniversário enfeitada com bolos
    mesa de aniversário enfeitada com bolos Foto: Arquivo Pessoal
  • Rapaz branco de cabelo castanho. Veste camiseta branca e casaco preto. Está sorrindo para a foto
    Rapaz branco de cabelo castanho. Veste camiseta branca e casaco preto. Está sorrindo para a foto Foto: Arquivo Pessoal
  • mulher negra de cabelo castanho liso. Veste blusa cinza com detalhes pretos. Usa óculos de grau e brincos de pérola. Está séria
    mulher negra de cabelo castanho liso. Veste blusa cinza com detalhes pretos. Usa óculos de grau e brincos de pérola. Está séria Foto: Arquivo Pessoal
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    Homem branco de cabelo preto raspado. Está falando ao microfone. Veste terno cinza Foto: UDF / Divulgação
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