A Gupy, startup de recrutamento e seleção, foi uma das empresas que estenderam o home office pelo menos até o fim do ano. A medida visa, sobretudo, proteger os trabalhadores, mas, de acordo com Guilherme Dias, CMO (diretor de marketing) e cofundador da companhia, o trabalho remoto tem sido vantajoso, também, em termos de produtividade.
“No começo da pandemia, tivemos que ajustar processos, reuniões e ferramentas, mas, uma vez que nosso time de gente e gestão e a liderança da Gupy conseguiram implementar as mudanças, percebemos uma melhoria na eficiência da organização como um todo”, lembra. “Conseguimos aumentar nossas receitas em 25% no primeiro trimestre do ano e, novamente, no segundo trimestre.”
Guilherme, engenheiro químico pela USP, explica que a empresa ainda está estudando qual será o melhor formato para 2021. “Acreditamos que vamos voltar ao presencial, mas, certamente, muito mais flexíveis para pessoas ou equipes que desejem trabalhar de forma remota. Esses aprendizados e quebras de paradigmas que a pandemia trouxe às organizações estão mostrando como podemos nos reinventar”, diz.
Adaptação
Ele conta que, no início, o trabalho a distância foi difícil para os colaboradores, mas, com o tempo, a empresa encontrou estratégias para manter a equipe unida. “Temos um time que é extremamente amigo e próximo. Por isso, o isolamento social tornou o início do home office um pouco mais difícil”, admite. “Certamente aprendemos como minimizar essas questões criando happy hours virtuais, rodas de discussão durante e fora o horário de trabalho e atividades de descompreensão em equipe (como aulas de culinária, por exemplo)”, exemplifica.
“Hoje, vemos ‘gupiers’ que não gostavam do trabalho em casa já apaixonados pelo modelo.” Os colaboradores ganham um auxílio de R$ 120 para a internet e receberam, no início da pandemia, um suporte de R$ 1.200 para mobiliarem melhor o escritório. “Algumas pessoas precisavam de novas mesas ou cadeiras, por exemplo. Queremos garantir que todos tenham ótimas condições para criar um ambiente de trabalho prazeroso”, afirma Guilherme.
Quando questionado se o home office deve se tornar uma tendência após a pandemia, ele não duvida: “Certamente. Embora algumas organizações que passaram pela experiência possam preferir voltar ao mundo presencial quando possível, acredito que a situação tenha mostrado como é possível, ao menos, flexibilizar um pouco as regras de trabalho remoto”.
"Acreditamos que vamos voltar ao presencial, mas, certamente, muito mais flexíveis para pessoas ou equipes que desejem trabalhar de forma remota”
Guilherme Dias,CMO de startup de recrutamento
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