Trabalho e Formacao

Repensando rotas

Correio Braziliense
postado em 12/07/2020 04:19


Traçar estratégias para além da crise pode ser determinante neste momento. As empresas que se organizarem e se prepararem desde agora estarão à frente daqui a alguns meses e terão muito mais possibilidades de se adequarem aos novos modelos de negócios. É no que acredita o Instituto Fenasbac, que atua em gestão corporativa, finanças e economia em Brasília, com foco em consultoria e treinamento para os setores público e particular.

Lucila Simão, CEO da instituição, considera que a única certeza que se tem no momento é a de que os negócios não serão mais como antes. O novo normal veio para ficar e está fazendo parte do cotidiano desde agora. “As estratégias que as empresas usavam antes de isso tudo acontecer não funcionam mais, porque o normal mudou. As formas como as pessoas se relacionam e trabalham, o local onde trabalham, o modo como vendem… Tudo isso mudou”, analisa.

“Então, se o cenário em que eu estou inserido não é mais o mesmo, a minha estratégia tem de mudar. O que eu fazia antes não vai funcionar agora nem no pós-pandemia”, analisa. Lucila, que fez curso de negociação e resolução de conflitos na Universidade Harvard, defende a criação de um comitê de inovação e estratégia nas corporações para pensarem como os negócios conseguirão sobreviver na nova realidade ocasionada pela pandemia de covid-19.

“As empresas precisam de um modelo mental de situação de crescimento, de ter e fazerem coisas que nunca fizeram antes, pensar novas estratégias... É preciso criar um leque de estratégias que competem entre si, porque é preciso experimentar novas formas de fazer”, recomenda. O momento é de testar. “É hora de colocar parte de uma estratégia concorrendo com outra e ver o que funciona. De acordo com os resultados, você investirá mais em uma do que em outra”, ensina.

Para Lucila, o que havia antes da pandemia em termos de transformações era muito discurso e pouca prática, sendo que a crise trouxe a emergência da mudança. “Sem dúvida, vamos ter legados imensos. Coisas que já fazem parte do nosso dia a dia e não nos imaginávamos sem… A pandemia fez o futuro chegar mais rápido”, avalia. “O trabalho remoto veio para ficar. A empatia com o outro também vem sendo muito vivida. Os propósitos das empresas estão sendo resgatados, a preocupação com a colaboração é essencial e legítima. O mundo foi tomado com uma consciência maior da interconexão, da interdependência e das novas formas de fazer”, diz.

*Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

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