Trabalho e Formacao

Crescendo apesar da crise

Correio Braziliense
postado em 12/07/2020 04:19




Fundada por Manoela Mitchell, Vinicius Correa e Thiago Torres, a Pipo Saúde é uma startup de gestão de benefícios que nasceu com o objetivo de otimizar e facilitar a relação do RH de empresas com planos e benefícios de saúde. Atualmente, a empresa faz o gerenciamento de serviços para 3 mil pessoas e planeja chegar a mais de 10 mil até o fim de 2020.

Com o avanço da pandemia no Brasil, a startup notou crescimento na busca pelo primeiro plano de saúde empresarial. Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde, afirma que o número de clientes quase dobrou. “Desde a pandemia, crescemos cerca de 100%. Então, para nós, apesar de ser um momento delicado economicamente para o país, temos percebido uma demanda crescente, com dois tipos de clientes: empresas buscando o primeiro plano; e empresas querendo otimizar os custos”, pontua.

Sobre os aprendizados que esse período de pandemia trouxe para a empresa, a mestre em finanças pela ESC Toulouse acredita que eles possam ser heranças positivas a serem incorporadas no cenário pós-pandêmico. “O principal aprendizado foi a importância de se comunicar. A gente também percebeu a importância do convívio social e entendeu como as pessoas, eventualmente, ficam mais psicologicamente suscetíveis por se sentirem muito sozinhas, por exemplo, o que pode trazer perda de produtividade”, descreve.

“A gente tem feito várias pesquisas como um termômetro da empresa e tem agido de maneira mais proativa com pessoas que moram sozinhas para ficarmos mais próximos delas”, conta. Manoella não achava que uma empresa trabalhando totalmente remota, pelo menos nos primeiros anos, poderia dar certo, o que se provou equivocado. “O mercado de trabalho vai mudar muito”, decreta.

 “Eu acho que um aprendizado muito importante, que eu particularmente não achava que era possível há um tempo, é o trabalho distribuído”, diz. “Falei algumas vezes, quando comecei a empresa, que eu achava que, neste começo, era muito importante a gente estar respirando o mesmo ar, todos juntos para construir a empresa”, relata. “Tenho certeza de que, quando tudo isso terminar, sairei com a convicção de que dá para ter uma empresa distribuída, com pessoas de vários lugares do mundo e que tenha uma cultura forte e coerente”, conclui. 

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