A ação faz parte da campanha Criança e Consumo Sustentável e prossegue até amanhã (13). A ideia, segundo o MMA, é convidar os pais a estabelecer uma nova rotina com seus filhos: ao ganhar um novo presente no Dia da Criança, doar um brinquedo antigo, com o qual já não brincam mais. Até amanhã, as doações serão recebidas no Parque da Cidade e no Zoológico de Brasília.
Os brinquedos serão doados a duas organizações não governamentais de apoio à infância em situação de risco da capital federal. Além da ação pelo consumo sustentável, o ministério distribuiu 50 mil gibis da Turma da Mônica sobre meio ambiente e começou a divulgar a cartilha Consumismo Infantil: na contramão da sustentabilidade. O material direcionado a pais e crianças aborda como o apelo comercial e as ações de marketing atuam no público infantil. Para o ministério, as crianças até 12 anos devem ser protegidas dos apelos de consumo.
Entre os dados destacados no material está a informação de pesquisa feita pela Universidade Federal do Espírito Santo, em parceria com o Instituto Alana, de que 64% de todos os anúncios veiculados nas emissoras monitoradas às vésperas do Dia da Criança de 2011 foram direcionados para o público infantil. Segundo levantamento do Ibope 2011, as crianças brasileiras estão as que mais assistem à televisão no mundo, com uma média de mais de 5 horas por dia.
O assunto também tem sido debatido na Câmara dos Deputados. Tramita há onze anos, o , de autoria do deputado federal licenciado Luiz Carlos Hauly, que prevê a proibição de publicidade infantil e a participação de crianças em qualquer tipo de publicidade ou comunicação mercadológica. ()
De acordo com a publicitária Taís Vinha, representante do coletivo Infância Livre de Consumismo, a publicidade agrava problemas como obesidade infantil, doenças metabólicas, sexualidade precoce, sedentarismo infantil entre outros problemas relativos às crianças. Segundo o Instituto Alana, o conteúdo da publicidade infantil é emotivo e basta 30 segundos para a campanha influenciar uma criança.