A União Nacional dos Estudantes (UNE), entre outras entidades e agremiações estudantis, mobilizaram estudantes de pelo menos seis estados do Brasil para uma que ocorre nesta quinta-feira (27). Por volta do meio-dia de hoje, alguns líderes da manifestação, acompanhados de policiais e dos senadores Inácio Arruda (PCdoB/CE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), seguiram até o Congresso Nacional para uma reunião que discutirá mudanças no texto para garantir mais investimento para a educação.
Segundo a estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal, a passeata reúne no fim desta manhã cerca de 2 mil estudantes, que caminham rumo ao Congresso Nacional. Os manifestantes pedem que 100% dos royalties do petróleo sejam destinados à educação. Outra reivindicação feita pelo grupo é mais rapidez na votação do Plano Nacional da Educação (PNE), em tramitação há mais de um ano no Congresso Nacional.
Aprovado na madrugada de quarta-feira na Câmara dos Deputados, o projeto que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do fundo social do Pré-sal para a educação pública foi encaminhado ao Senado. Ontem, as presidentes da UNE e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Vic Barros e Manuela Braga, respectivamente, e diretores de ambas as entidades, reuniram-se com alguns senadores para garantir que não ocorram retrocessos na aprovação do texto.
[SAIBAMAIS]Segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) do Distrito Federal, André Costa, daqui pra frente o diálogo será muito importante para que as pautas sejam atendidas. "Nós estamos lutando pelo aplicação integral dos royalties do petróleo para educação, apesar da proposta de 75% ter sido aprovada ontem, valos continuar a batalhar pelo investimento total do valor", afirma.
Pauta ampla
A exemplo das outras manifestações que vêm ocorrendo no país desde o início do mês de junho, os estudantes se posicionam também contra a homofobia, pelo combate à corrupção e pela defesa de uma reforma política com financiamento público de campanha. Houve beijaço gay no espelho d;água da Casa. Líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra também estão presentes.
Para o estudante do Centro de Ensino Médio Elefante Branco (CEEB), Gabriel Oliveira, 16, a educação no país está carente. "Além do passe livre para estudantes e o investimento de 10% do PIB para melhorar o problema do ensino nas escolas, eu vim hoje pra reinvidicar mais professores e rescursos tecnologicos para o meu colégio", disse.
De acordo com os estudantes presentes, algumas escolas do DF liberaram os estudantes que queriam participar da manifestação. A UNE disponibilizou ônibus para levá-los até o ponto de concentração e garantir o retorno dos jovens. Ao fim da manhã, logo que os representantes das entidades estudantis foram recebidos, o grupo de manifestantes reunido no gramado do Congresso começou a dispersar.