Holofote

Água quente com alho cura pacientes com coronavírus? Não mesmo!

Mensagem sugere que mistura é eficaz para eliminar o vírus, mas informação é falsa. Também não é certo afirmar que micro-organismo fica 4 dias na garganta antes de chegar aos pulmões

Correio Braziliense
postado em 17/03/2020 15:47
Mensagem sugere que mistura é eficaz para eliminar o vírus, mas informação é falsa. Também não é certo afirmar que micro-organismo fica 4 dias na garganta antes de chegar aos pulmõesEm meio à pandemia de coronavírus, circulam mensagens nas redes sociais com curas milagrosas e caseiras. Médicos, no entanto, alertam: as informações são falsas. Uma delas garante que uma pessoa infectada pela Covid-19 pode ficar curada consumindo uma tigela de água recém-fervida com alho.

A mensagem, inclusive, dá a receita: oito dentes de alho e sete xícaras de água. Após ferver, basta consumir para ficar curado "da noite para o dia". Veja:

Mensagem sugere que mistura é eficaz para eliminar o vírus, mas informação é falsa. Também não é certo afirmar que micro-organismo fica 4 dias na garganta antes de chegar aos pulmões

Ana Helena Germoglio, infectologista do Hospital Brasília, é clara: a informação não procede. A especialista explica que, apesar de estudos fitoterápicos especificarem que o alho tem poderes anti-inflamatórios, não é eficaz contra o novo vírus. "Se isso daí procedesse, os cientistas não estavam na corrida à procura da vacina", explica.

Outra informação falsa é a de que o coronavírus permanece por quatro dias na garganta do paciente, antes de chegar aos pulmões. Confira a imagem que circula com a "notícia":

Mensagem sugere que mistura é eficaz para eliminar o vírus, mas informação é falsa. Também não é certo afirmar que micro-organismo fica 4 dias na garganta antes de chegar aos pulmões

Ana Helena, porém, trata de desmistificar a fake news: "Ele (vírus) penetra, principalmente, nas células do sistema respiratório, que vai, desde a narina e faringe, até o pulmão. Não significa que alho, vinagre ou água fervida vão matar o vírus", alerta a infectologista do Hospital Brasília.

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