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Hamas pode reconhecer Israel se os palestinos consentirem

É o que afirma o ex-presidente norte-amerciano Jimmy Carter, que se encontrou com o líder no exílio do Hamas

postado em 21/04/2008 10:04
JERUSALÉM ; O movimento islâmico palestino Hamas está disposto a reconhecer o direito de Israel existir se um acordo de paz for concluído e aprovado por referendo palestino. É o que afirmou nesta segunda-feira em Jerusalém o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter, citando autoridades do Hamas. Jimmy Carter em coletiva de imprensa em Jerusalém, onde anunciou possível acordo Os líderes do Hamas "indicaram que estariam dispostos a aceitar um Estado hebreu nas fronteiras de 1967 caso os palestinos aprovem e aceitem o direito de Israel de viver em paz, como vizinho", afirmou Carter em uma entrevista coletiva à imprensa. Carter se reuniu com o líder no exílio do Hamas, Khaled Mechaal, no sábado (19/04) em Damasco. Israel e Estados Unidos, que consideram o movimento Hamas uma organização terrorista, criticaram duramente o encontro. O ex-presidente norte-americano também disse que o Hamas poderia reconhecer um acordo de paz negociado pelo primeiro-ministro israelense Ehud Olmert e pelo presidente palestino Mahmud Abbas, com a condição "de que seja submetido à aprovação dos palestinos, inclusive se o Hamas não concordar com alguns termos deste acordo". Condoleezza Em Manama, capital de Bahrein, a secretária de Estado americana Condoleezza Rice disse que o Hamas deve pôr fim a seus disparos de foguetes contra Israel para demonstrar que está disposto a fazer a paz. ;O que o Hamas precisa fazer está muito claro: renunciar à violência seria um bom passo para mostrar que alguém quer realmente a paz;, declarou Rice um grupo de jornalistas depois de se reunir com representantes das monarquias do Golfo, do Egito, da Jordânia e do Iraque. Rice enumerou possíveis ações do Hamas: ;Pode libertar o cabo israelense Gilad Shalit. Pode acabar com os disparos de foguetes contra os habitantes israelenses em Sderot e Ashkelon. Pode deixar de manter como refém a população de Gaza depois do golpe de Estado contra as estruturas do governo legal da Autoridade Palestina;.

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