postado em 21/04/2008 17:50
NOVA YORK - O preço do barril de petróleo fechou a US$ 117,48, nesta segunda-feira (21/04), menos de US$ 3 da barreira simbólica dos US$ 120. O preço foi outra marca histórica, depois de novos ataques a instalações petroleiras na Nigéria, maior produtor africano do ouro negro.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de "light sweet crude", para entrega em maio, subiu a 117,76 dólares, nível inédito desde 1983 quando começou a ser cotado na Nymex. O preço caiu em seguida e terminou em US$ 117,48, também um recorde de fechamento, 79 centavos acima de seu valor de sexta-feira.
O preço do petróleo aumentou mais de US$ 17 em Nova York no mês de abril. Em Londres, o barril do tipo Brent do mar do Norte, para entrega em junho, subiu 51 centavos encerrando com o valor record de US$ 114,43, após alcançar um máximo absoluto durante a sessão de US$ 114,86.
Há dez dias, o petróleo segue batendo recordes sob o efeito de diversos fatores. Analistas apontaram três motivos para a irrefreável escalada dos preços do petróleo: a desvalorização do dólar, a decisão da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep) de não aumentar sua produção e mais ataques a instalações petrolíferas na Nigéria.
A Opep, que controla 40% da produção mundial, se recusou de novo a aumentar sua produção petroleira, negando qualquer responsabilidade pela alta dos preços do petróleo. Para a cúpula da Opep, o mercado já está suficientemente abastecido. A desvalorização da moeda americana, por outro lado, provocou um barateamento das matérias-primas, estimulando os investidores a recorrer à commodity para se proteger da inflação.
Por último, o MEND, principal movimento armado que atua no delta do Niger (sul da Nigéria), anunciou nesta segunda-feira (21/04) ter atacado durante a noite dois oleodutos no sul do país, que segundo o grupo pertencem às companhias Shell e Chevron.
"Estamos avaliando os danos", declarou à AFP Tony Okonedo, porta-voz da Shell.