postado em 22/04/2008 17:29
FILADÉLFIA - Os aspirantes à candidatura democrata Barack Obama e Hillary Clinton medem suas forças, nesta terça-feira na Pensilvânia, nas primárias decisivas para a senadora de Nova York, que precisa de uma vitória se pretende chegar à Casa Branca.
Cerca de 1,4 milhão de eleitores democratas estão habilitados a votar na Pensilvânia, onde 158 delegados estão em jogo. Preocupada com as consequências da intensa disputa entre ambos os pré-candidatos democratas, Hillary ressaltou, durante campanha eleitoral em Conshohocken, que seria uma loucura alguém que apóie Obama ou a mim votar em McCain em novembro. E para não deixar dúvidas, disse que qualquer que seja as diferenças entre mim e Obama, não se comparam com as diferenças que temos com o senador McCain.
Nesta segunda-feira, foram divulgadas pesquisas de opinião que apontavam uma vantagem de seis a dez pontos para Hillary. A ex-primeira-dama não concorda. Hoje, ela afirmou à rede de televisão NBC que pouco importava a diferença entre ela e Obama, dado que o importante era vencer a primária.
Durante coletiva à imprensa em Pittsburgh, Obama disse que era o "outsider" desta primária. "Tudo dependerá da participação", disse o senador, que afirmou dispor da melhor organização sobre o território. Obama conta atualmente com 1.650 delegados contra 1.508 que apóiam Hillary, segundo dados do site independente www.realpolitics.com.
Hillary insiste em que venceu nos grandes estados como Nova York e Califórnia, e em outros considerados estratégicos como Ohio e Flórida, que serão decisivos nas eleições presidenciais de novembro.
Se tudo dependesse de dinheiro, Obama ganharia da rival facilmente. O senador de Illinois, que arrecadou 234,8 milhões de dólares desde o lançamento de sua campanha, dispunha em 1º de abril, segundo dados da Comissão Eleitoral Federal (FEC), de aproximadamente 43 milhões de dólares para financiar apenas sua campanha das primárias.
Hillary, que arrecadou 175,7 milhões de dólares desde o início de sua campanha, está no vermelho. Suas dívidas superam 10,3 milhões de dólares e em 1 de abril dispunha de apenas 9,5 milhões de dólares.
Nacionalmente, as últimas pesquisas de opinião são mais que inquietantes para os desejos da ex-primeira-dama em se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Aproximadamente 54% dos eleitores democratas preferem Obama, enquanto que 35% preferem Hillary, segundo enquete com 1.209 pessoas feita pela Princeton Survey Research Associates International, realizado para o seminário Newsweek.
Uma das ameaças mais sérias contra Hillary é que a maioria dos eleitores a considera agora desonesta e pouco confiável, representando 51% dos entrevistados. Após estas eleições, Hillary precisa vencer as primárias de Indiana, previstas para o dia 6 de maio. No entanto, uma pesquisa publicada, na quarta-feira pelo jornal americano Los Angeles Times, aponta Obama vencedor em Indiana. O senador de Illinois também é o favorito nas primárias da Carolina do Norte, previstas também para o mesmo dia (6 de maio).