postado em 28/04/2008 16:53
A Justiça Militar palestina condenou hoje (2/8/04) à morte Emad Saad, acusado de colaborar com Israel. Caso seja cumprida a sentença, seria a primeira execução do tipo na região em sete anos. Saad trabalhou para as forças de segurança palestinas e foi condenado por fornecer informações que levaram à morte de quatro militantes palestinos. Uma gravação de vídeo mostra os juízes informando a sentença. Saad não negou as acusações, mas pediu um relaxamento de sua pena, pois precisa sustentar a família.
Samih Steidi, comandante das forças de segurança palestinas em Hebron, disse estar feliz com a condenação. Segundo ele, Saad será morto por uma rajada de tiros, por causa de sua condição de militar. Contudo, penas de morte impostas por tribunais palestinos têm sido freqüentemente comutadas em outras formas de punição. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, deve aprovar a pena de morte. O auxiliar de Abbas, Nimr Hamad, não informou qual seria a posição de Abbas no caso, mas afirmou que uma punição do tipo poderia servir para desestimular os que colaboram com Israel.
Hamad reclamou do uso de colaboradores pelos israelenses. "Eu não acredito que essa paz com Israel deve significar ter que aceitar espiões de Israel. Paz é uma coisa, espionagem é outra", disse. "Há motivo suficiente para tal pena, ele foi responsável pela morte de cidadãos palestinos." Os palestinos são bastante críticos em relação aos que fornecem informações sobre militantes. Suspeitos de colaborarem com o vizinho já foram mortos sem qualquer julgamento e seus corpos jogados na rua como forma de advertência.