Jornal Correio Braziliense

Mundo

Congresso judaico critica Suíça

O motivo das criticas do líder do congresso é o acordo para comercialização de gás natural com o Irã

O presidente do Congresso Mundial Judaico, Ronald Lauder, afirmou hoje (29/04) que a Suíça deveria cancelar um contrato bilionário para comercialização de gás natural com o Irã. O motivo é que o acordo ameaça Israel e os Estados Unidos, na opinião da entidade. Lauder, um bilionário magnata dos cosméticos, afirmou que o acordo assinado em Teerã no mês passado enfureceu a organização que dirige. Segundo ele, as razões são o presidente linha-dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o fato de o tratado ocorrer no momento em que Teerã é sancionada por seu programa nuclear, suspeito de buscar armas. "Talvez o dinheiro que a Suíça está pagando ao Irã algum dia seja usado para comprar armas para matar israelenses ou americanos, ou comprar mísseis capazes de levar armas nucleares" alertou Lauder. Os Estados Unidos, o Congresso Mundial Judaico e outras entidades judaicas criticaram o acordo da Suíça. O tratado, firmado em 17 de março, envolve o comércio de gás entre a suíça EGL e a empresa estatal Companhia Nacional Iraniana de Exportação de Gás. O negócio envolve o valor de US$ 28 bilhões (R$ 47,6 bilhões). O governo suíço, através do Ministério das Relações Exteriores, afirmou anteriormente que o tratado está de acordo com a postura neutra do país nas relações internacionais. Hoje, o ministério não quis comentar as declarações de Lauder.