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Superdelegados anunciam apoio a Obama

Mais três superdelegados anunciaram apoio ao senador de Illinois, que agora soma o apoio de seis

O discurso de rompimento de ontem do senador Barack Obama, pré-candidato democrata à Casa Branca, parece ter contornado a polêmica envolvendo o reverendo Jeremiah Wright. Hoje (30/04), três superdelegados - membros do partido com direito a voto na convenção - anunciaram apoio a ele, uma prova de que sua candidatura não foi afetada. Os deputados Bruce Braley (Iowa), Baron Hill (Indiana) e a deputada Lois Capps (Califórnia) citaram a resposta de ontem ao anunciarem apoio ao senador. Sua adversária, a senadora Hillary Clinton, também anunciou hoje o apoio de dois superdelegados, mas de menor expressão - dois membros dos diretórios regionais da Pensilvânia e de Porto Rico. Desde as prévias da Pensilvânia, vencidas por ela na semana passada, Obama conseguiu seis superdelegados. Hillary, quatro. Polêmica do ex-pastor Wright foi pastor de Obama em Chicago, realizou seu casamento e batizou suas filhas. Em março, ele surgiu em vídeos na internet proferindo sermões radicais, chamando os Estados Unidos de "país racista". Obama respondeu com um discurso sobre raça em que contemporizou as declarações do reverendo, mas sem romper com ele. Depois de ficar cerca de um mês em silêncio, Wright voltou à cena no fim de semana, aparecendo em programas de TV para renovar os ataques e dizer que Obama só havia condenado suas declarações porque era candidato. O senador, que tenta se distanciar da imagem de um político comum, perdeu a paciência e se afastou de vez de seu ex-pastor ontem. Apesar de reconhecerem que o caso pode voltar a assombrá-lo, muitos democratas avaliam que a polêmica ajudou Obama. "Se Wright continuar a falar bobagens, ficará mais evidente que ele quer apenas aparecer", disse o senador Patrick Leahy. "Quanto mais alucinado ele se mostrar, maior será o contraste entre ele e Obama, e será difícil ligar os dois", disse o analista Dylan Loewe, do site Huffington Post.