postado em 02/05/2008 18:34
O Exército israelense voltou a culpar hoje (02/05) milicianos palestinos pela morte de uma mulher e de quatro de seus filhos em uma explosão ocorrida no início da semana na Faixa de Gaza. O comando militar israelense anunciou hoje que uma investigação mais profunda do incidente ocorrido na última segunda-feira mostra que Miyasar Abu Meatak e quatro filhos dela morreram por causa de uma explosão secundária de materiais levados por militantes atingidos num bombardeio israelense. A mãe preparava o café-da-manhã para as crianças no momento da explosão. A família vivia em Beit Hanoun, no norte de Gaza.
Segundo o Exército, os militantes carregavam mochilas repletas de armas e munições, que explodiram quando eles foram atingidos por um míssil israelense. Os militares israelenses também divulgaram um vídeo que mostra quatro militantes andando perto da casa. O vídeo não deixa claro se Miyasar e seus quatro filhos foram atingidos diretamente por um dos dois mísseis lançados por Israel ou por alguma explosão secundária. No entanto, o grupo israelense de defesa dos direitos humanos B'Tselem exige uma investigação mais ampla e afirma não haver indícios de que a casa tenha sido atingida por uma explosão secundária.
O grupo acusa Israel de violar as leis internacionais por atacar uma área habitada. Sarit Michaeli, porta-voz do B'Tselem, comentou ainda que a arma que matou a família é menos significante do que o fato de um míssil ter sido lançado contra uma área povoada. "É preciso investigar a decisão de se disparar um míssil tão perto de uma casa", disse ela.