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Bush pede que Mianmar aceite ajuda dos EUA

O presidente americano disse que o governo quer fazer mais que a doação de US$ 250 mil, feita por sua embaixada

postado em 06/05/2008 15:46
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu hoje (06/05) que a junta militar que governa Mianmar autorize a entrada de equipes americanas de resposta a desastres, por enquanto mantidas afastadas, e disse que seu país está pronto a "fazer muito mais" para auxiliar os atingidos pelo ciclone Nargis. Voluntários estrangeiros em Mianmar acreditam que mais de 50 mil pessoas podem ter morrido com a passagem do ciclone Nargis no último sábado e que mais de 3 milhões estariam desabrigados, segundo afirmou o diretor da organização britânica Save The Children, Andrew Kirkwood, ao jornal britânico The Times. "Nossa mensagem dirige-se aos líderes militares: 'Permitam que os EUA entrem para ajudá-los, para ajudar o seu povo'", disse Bush a repórteres, na Casa Branca. O presidente divulgou esse apelo ao governo militar de Mianmar, atualmente alvo de sanções impostas pelos EUA, no dia em que o número de vítimas fatais do ciclone Nargis elevou-se para mais de 22 mil, com outros 41 mil ainda desaparecidos, quase todos eles sumidos após uma imensa onda ter atingido o delta de Irrawaddy. "Queremos fazer mais", afirmou Bush após assinar um projeto de lei concedendo à prisioneira política de Mianmar Aung San Suu Kyi, uma ativista pró-democracia, a Medalha de Ouro do Congresso, a maior honraria civil dos EUA. O Departamento de Estado norte-americano anunciou ontem que os especialistas em resposta a desastres estavam prontos para partir rumo a Mianmar a fim de avaliar a situação ali. A junta militar do país asiático, no entanto, havia se negado a permitir a entrada deles. A Embaixada dos EUA em Mianmar, um país empobrecido do sudeste asiático, autorizou até agora a liberação de US$ 250 mil em ajuda de emergência. Mas as autoridades norte-americanas deixaram claro que seu governo está disposto a ampliar essa contribuição.

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