postado em 07/05/2008 19:25
As sirenes tocaram por todo Estado de Israel e a nação parou hoje 907/05) por dois minutos em honra aos milhares de soldados israelenses mortos nas guerras contra os árabes e aos civis mortos em ataques de militantes palestinos. Os automóveis pararam nas ruas e os pedestres interromperam suas caminhadas, ficando em silêncio. A programação de rádio e televisão foi interrompida. O Dia da Memória é um dos mais solenes e emocionantes no calendário de Israel.
Praticamente todas as famílias israelenses perderam pessoas nas guerras e décadas de conflitos, com cada cidadão ou cidadã tendo perdido um parente ou conhecendo alguém que tombou em campo de batalha ou foi morto em atentado. Durante o dia, as pessoas visitam cemitérios militares, as rádios e televisões exibem música sombria e melancólica e lugares de entretenimento e lazer como cinemas e restaurantes, ficam fechados. Serviços solenes em memória aos mortos são feitos nas escolas.
"Esse dia especial leva embora nossas diferenças. O sentimento de unidade e um destino comum é mais forte que tudo," disse o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, em cerimônia do governo em Monte Herzl, o maior cemitério nacional do país. "O Dia da Memória é um dia triste, mas livre de discussões e brigas". Os políticos mais importantes da cena israelense de hoje, como o presidente Shimon Peres e o chefe militar, o general Gabi Ashkenazi, participaram da cerimônia.
O Dia da Memória acontece apenas algumas horas antes de Israel comemorar a própria independência. Ainda hoje, após o anoitecer, Israel inicia as comemorações dos 60 anos da independência. A dissonância entre as duas datas (a primeira é triste, a segunda é feliz) ressalta a ligação que os israelenses sentem entre os seus militares e a própria existência do seu Estado.