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EUA diz que Irã é ameaça na América Latina

Thomas Shannon reiterou as acusações de que o Irã estaria por trás de atentados em Buenos Aires

postado em 07/05/2008 21:52
WASHINGTON - O isolado Irã vê a América Latina como um lugar onde conter a influência americana e do qual pode manter uma ameaça terrorista contra os Estados Unidos, em caso de um eventual conflito, disse nesta quarta-feira (07/05) o secretário de Estado adjunto para as Américas, Thomas Shannon. Segundo ele, o Irã vê a América Latina como uma oportunidade para romper parte de seu isolamento internacional e desafiar a condição de grande potência dos Estados Unidos na região. "É uma maneira de nos conter", disse Shannon em uma conferência que reuniu, em Washington, ministros e outros funcionários da América do Sul e do Norte para promover uma maior integração comercial. Shannon disse que Teerã também representa uma ameaça para a região e reiterou as acusações de que o Irã esteve por trás dos atentados à embaixada de Israel e à associação judaica Amia, em Buenos Aires, em 1992 e 1994. A República Islâmica nega as acusações. "Nossa maior preocupação é que (...) eles se mantêm nas Américas como uma ameaça contra nós, no caso de algum conflito", insistiu Shannon. Apesar das reiteradas acusações do suposto apoio iraniano às milícias xiitas no Iraque, os militares americanos disseram, na semana passada, que não estão envolvidos em novos planos de guerra. "Pedimos aos países que respeitem as sanções aplicadas pela ONU (em retaliação ao polêmico programa nuclear do Irã). Também lembramos vocês dos atentados à Amia e à embaixada israelense", acrescentou Shannon. "E lembramos vocês também das contínuas relações que existem na região entre grupos da América Latina e grupos que consideramos que são terroristas no Oriente Médio", especialmente Hezbollah e Hamas, disse Shannon. "E pedimos a seus serviços de inteligência e a seus serviços policiais que monitorem essa atividade com todo cuidado, porque não desejamos que o Irã se transforme em um fator de violência nas Américas", insistiu.

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