postado em 08/05/2008 18:15
Josef Fritzl, o homem que confessou manter a filha presa por 24 anos, período em que tiveram sete filhos, disse saber que suas ações eram erradas e que ele "deveria estar louco", de acordo com relatos publicados hoje (08/05). Segundo relatos divulgados por seu advogado, Rudolf Mayer, ao jornal austríaco News, Fritzl também disse que tentou cuidar dos membros de sua família secreta. Levava por exemplo flores, livros e brinquedos ao porão em que eles eram mantidos presos.
Mayer confirmou que seu cliente fez as declarações na prisão em que é mantido, em St. Poelten. "Eu sempre soube, durante os 24 anos, que o que eu fiz não foi certo, que eu devo ter sido louco porque eu fiz algo assim", teria dito Fritzl. O caso veio à tona no mês passado, quando Fritzl, de 73 anos, confessou ter prendido a filha Elisabeth em 1984, estuprado ela seguidamente e tido sete filhos. Fritzl se encontrou ontem pela primeira vez com uma promotora.
A dupla vida de Fritzl terminou quando a filha mais velha dele com Elisabeth, de 19 anos, foi internada com uma grave infecção em Amstetten, a oeste de Viena. Os médicos, incapazes de encontrar seu prontuário, lançaram apelo na televisão em busca da mãe da garota. Fritzl acompanhou Elizabeth ao hospital, no dia 26 de abril. Ela contou o caso e, segundo a polícia, o austríaco confessou os crimes.