postado em 08/05/2008 19:43
CARACAS - Ministros da Energia de 12 países sul-americanos, alguns deles com importantes reservas de petróleo e gás, avançaram nesta quinta-feira (08/05), em Caracas, para a criação de um plano regional de segurança energética, no momento em que o barril de petróleo bate recordes.
Nas palavras do anfitrião, o ministro venezuelano de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, a energia é uma "pedra fundamental" no desenvolvimento dos povos e representa, hoje, junto com a questão dos alimentos, o maior fator de tensão na economia mundial.
"A energia é uma questão prioritária à luz do preço atual do petróleo (...) e a situação, junto com o tema dos alimentos, está provocando as tensões econômicas mundiais", defendeu Ramírez, que também preside a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
Com essa reunião, os 12 ministros e altos representantes instauraram o I Conselho Energético Sul-Americano, destinado a fixar os pilares de um plano de ação regional sobre energia que será apresentado em 23 de maio, em Brasília, em uma cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Depois do encontro, todos os presentes foram recebidos pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Acordos bilaterais
Ramírez destacou que, há vários anos, a segurança energética latino-americana se desenvolve de forma bilateral. Nesse sentido, o ministro citou os acordos firmados com os países presentes hoje em Caracas: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.
O ministro também comemorou a cooperação latino-americana na quantificação de reservas na Faixa do Orinoco, na qual, além da PDVSA, estão presentes a Petrobras, Petroecuador, a chilena Enep, a uruguaia Ancap, a cubana CuPet e a argentina Enarsa.