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Filha de Raúl Castro defende direito de cubanos saírem do país

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postado em 10/05/2008 12:54
Mariela Castro, uma das filhas do presidente cubano, Raúl Castro, disse em uma entrevista publicada neste sábado (10/05) que o governo de seu pai deveria remover as restrições de viagens ao estrangeiro. As declarações de Mariela, socióloga de 45 anos, ao jornal espanhol La Vanguardia surgem num momento de fortes rumores sobre a iminente flexibilização dos entraves para que os cubanos viajem ao exterior. "Tudo deve ser analisado com profundidade para que sejam encontradas as melhores soluções. Não se deve privar as pessoas de seu direito de sair. Por mim, deve ser dada permissão a todos os que queiram sair, desde que nada devam à Justiça", declarou em uma entrevista realizada em Havana. Mariela Castro é diretora do Centro Nacional de Educação Sexual e defende os direitos das minorias sexuais. Na entrevista ao jornal, ela esclareceu, contudo, que não tem informações sobre o que está sendo discutido ou o que será decidido. "Eu ficaria encantada se essas coisas fossem solucionadas. Atualmente, as pessoas podem sair do país, mas com muita dificuldade. Deveriam ser reduzidos os obstáculos, que me parecem absurdos", disse ela. Para viajar ao exterior, os cubanos precisam de permissão de saída das autoridades e uma carta-convite de um parente ou amigo no país de destino. Alguns profissionais, como médicos, são submetidos a restrições adicionais. Pessoas próximas ao governo têm dito que Raúl Castro estuda flexibilizar progressivamente as saídas, como parte de sua política de eliminar o "excesso de proibições" que sufocam os cubanos. Na entrevista ao La Vanguardia, Mariela Castro criticou a lei norte-americana que concede direito de residência quase automático aos cubanos que conseguem pôr um pé em terra firme dos EUA, estimulando, segundo Cuba, a imigração ilegal. "Este é um assunto muito grave que deveria ser resolvido com o apoio dos governos que dizem amar a democracia."

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