postado em 13/05/2008 16:45
WASHINGTON - O suposto cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, Khalid Cheikh Mohammed, será julgado por um tribunal militar, anunciou nesta terça-feira (13/05) o Pentágono, que também retirou sem explicações suas acusações contra o 20º suposto terrorista Mohammed al-Qahtani.
Susan Crawford, a funcionária do Pentágono encarregada dos processos por crimes de guerra diante dos tribunais militares, ordenou que Cheikh Mohammed e outros quatro acusados compareçam juntos à base americana de Guantánamo, em Cuba. Eles são suspeitos de crimes de guerra, o que pode significar uma condenação à pena de morte.
Os cinco réus serão formalmente acusados no dia 12 de junho. "Cada um dos cinco homens foi denunciado por conspiração, assassinato, atentado contra civis e contra bens civis, por terem causado danos corporais graves, por destruição de propriedade em violação das leis da guerra, por terrorismo e por terem fornecido apoio material a atos terroristas", enumerou o porta-voz do Pentágono, Brian Whitman.
Os outros quatro suspeitos foram identificados como Walid Muhammad Salih Mubarak ben Attash, Ramzi Binalshibh, Ali Abdl Aziz Ali e Mustafa Ahmed Adam al-Hawsawi.
Segundo o Pentágono, Khalid Cheikh Mohammed teria sugerido o conceito dos atentados de 11 de setembro de 2001 a Osama bin Laden já em 1996. Após ter recebido o aval do líder da rede Al-Qaeda, ele teria supervisionado a operação ao treinar os terroristas que participaram do ataque.
Acusações retiradas
Os outros réus são acusados de terem treinado ou apoiado os terroristas, e de terem participado da organização dos atentados. Ao contrário, segundo Bryan Whitman, Susan Crawford não deu explicações sobre a retirada das acusações que pesavam sobre Mohammed al-Qahtani.
As acusações "foram rejeitadas, mas podem ser reintroduzidas a qualquer momento", declarou, sem descartar o posterior indiciamento de Qahtani por promotores de tribunais militares por crimes de guerra. "Isso significa que o governo mantém a opção de indiciar Qahtani separadamente", explicou.
Mohammed al-Qahtani era acusado de ter participado do complô que levou ao desvio de aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center e o Pentágono, matando 2.973 pessoas. Ele deveria ter se juntado aos outros 19 terroristas, mas havia sido interceptado no aeroporto internacional de Orlando (Flórida, sudeste) e proibido de entrar no território americano em agosto de 2001.