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Venezuela rebate declarações da primeira-ministra alemã

O governo venezuelano advertiu que as declarações de Angela Merkel sobre o presidente Hugo Chávez pode alterar "relações bilaterais"

postado em 13/05/2008 18:17
CARACAS - As declarações da premiê alemã Angela Merkel sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ;alteram as relações bilaterais", advertiu nesta terça-feira (13/05) o governo da Venezuela, pedindo que a dirigente européia respeite o princípio de "não ingerência". "Suas declarações não apenas alteram as relações bilaterais como põem sob suspeita a intenção do governo alemão de querer estreitar os laços de amizade com todos os países da América Latina e do Caribe", declarou o governo em um comunicado. Merkel disse em uma entrevista na semana passada que apenas um país, se referindo a Venezuela, "não pode alterar as relações entre a União Européia (UE) e a América Latina". Além disso, assinalou que "o presidente Chávez não é a voz da América Latina". "A Venezuela, nem no passado nem no presente, foi um fator de perturbação na América Latina, Europa ou no mundo, e se satisfaz ao saber que a chanceler Merkel não é a única voz na UE; e apenas um país não poderá alterar nem as relações entre a Venezuela e a UE nem as relações regionais", acrescenta o texto do governo. Em seu comunicado, o Executivo venezuelano se mostrou "surpreendido" pelo fato de a chanceler "arremeter contra Hugo Chávez" e fazer "comentários inamistosos" às vésperas da cúpula entre UE e América Latina em 16 e 17 de maio. Merkel vai participar desse encontro e realiza visitas oficiais durante a semana a Brasil, Peru, Colômbia e México.

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