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Bush discursa no Parlamento israelense e critica o Irã

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postado em 15/05/2008 11:44
Jerusalém - Em sua viagem para marcar os 60 anos da criação de Israel, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, criticou nesta quinta-feira (15/05) as táticas mortíferas usadas por grupos extremistas em discurso no Knesset, o Parlamento israelense. Bush também denunciou o anti-semitismo, especialmente dos que querem "varrer Israel do mapa", e dirigiu críticas ao Irã. "Permitir que o principal responsável pelo terrorismo possua as armas mais mortíferas do mundo seria uma traição imperdoável para as futuras gerações", disse. "Pelo bem da paz, o mundo não pode permitir que o Irã tenha uma arma nuclear." Bush afirmou ainda que os norte-americanos acreditam que Israel tem o direito de se defender dos extremistas e "assassinos comprometidos com sua destruição". Segundo ele, os EUA têm um vínculo permanente com Israel. "Nós acreditamos que a liberdade religiosa é fundamental para uma sociedade civilizada, portanto condenamos o anti-semitismo em todas suas formas, seja dos que abertamente questionam o direito de Israel existir, seja de outros que calmamente os desculpam", disse Bush. "Algumas pessoas sugerem que, se os Estados Unidos simplesmente rompessem com Israel, todos os problemas no Oriente Médio acabariam", disse. Para ele, essa postura pertence aos "inimigos da paz", ou aos influenciados pela propaganda deles. "A população de Israel pode ser de apenas 7 milhões. Mas quando vocês enfrentam o terror e o mal, vocês são vigorosos 307 milhões, porque os Estados Unidos da América estão ao seu lado." Bush realiza uma viagem de cinco dias ao Oriente Médio. Além de Israel, visitará o Egito e a Arábia Saudita. A intenção do presidente, além de marcar a data festiva de Israel, é avançar no processo de paz desse país com os palestinos. Antes da fala de Bush, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse estar pronto para a paz e trabalha junto com os EUA para isso. Olmert afirmou ter a esperança de chegar a um acordo "baseado em dois Estados para dois povos, um Estado judeu e um Estado palestino, vivendo lado a lado e em paz". Em seguida, o primeiro-ministro israelense completou: "Esse acordo será aprovado no Knesset por uma grande maioria e será apoiado pela vasta maioria do povo israelense." O Parlamento reagiu com silêncio e risos nervosos.

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