postado em 16/05/2008 11:12
QUITO - O Equador se negou a aceitar como provas os supostos arquivos eletrônicos das Farc examinados pela Interpol e que segundo Bogotá ligam os governos de Rafael Correa e o de Caracas a esta guerrilha, disse nesta sexta-feira (16/05) o ministro da Justiça Gustavo Jalkh. O ministro justificou a posição equatoriana alegando que Bogotá rompeu a cadeia de custódia dos computadores do líder insurgente Raúl Reyes, recuperados supostamente durante o bombardeio colombiano que matou o guerrilheiro no dia 1o de março no Equador.
"Uma vez quebrada a cadeia de custódia tudo o que é obtido depois tem total descrédito. Por isso, tudo o que for dito ali, o que o computador indicar não pode ser o único fator de prova", afirmou Jalkh à rede de TV Teleamazonas. Nesse sentido, afirmou que a Colômbia "deve buscar outros elementos de prova, objetivos" que comprovem a informação dos computadores, porque o que "o computador disser não tem absolutamente valor algum".
O presidente equatoriano nega qualquer vínculo com os rebeldes das Farc enquanto mantém em suspenso o restabelecimento de relações políticas com a Colômbia, rompidas desde 3 de março.