postado em 16/05/2008 17:06
LIMA - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ressaltou, nesta sexta-feira (16/05), em Lima, o caráter "técnico" do informe da Interpol, que não encontrou provas de modificação nos arquivos de computador apreendidos das Farc. "Tenho muito respeito pela Interpol, mas o informe emitido foi uma opinião técnica e não se refere à produção, nem ao conteúdo dos documentos encontrados", disse Insulza, em declarações a jornalistas, na V Cúpula União Européia e América Latina, que acontece na capital peruana.
"Não há evidência sobre os documentos", frisou, ao responder a uma pergunta sobre a autenticidade dos textos que, segundo o governo colombiano, ligam as Farc aos governos de Equador e Venezuela. Insulza, ex-chanceler chileno, evitou se aprofundar no assunto, reiterando seu "respeito pelas investigações realizadas pela Interpol".
O secretário da OEA comentou também que as conversas entre os vice-chanceleres de Colômbia e Equador, nessa cúpula, "registram avanços", após o encontro terça-feira, em Lima. ;No momento, Quito e Bogotá trabalham para estabelecer medidas de confiança mútua", contou o diplomata.
Insulza relativizou a crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela, assim como a crise política que abala a Bolívia, destacando que "não se pode falar de crise andina, porque essa é uma região de paz. Não somos o Zimbábue". "A região está capacitada para superar seus problemas", insistiu.