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China resgata 33 sobreviventes

Quatro dias depois do terremoto os socorristas dizem que não desistirão enquanto houver esperança

postado em 16/05/2008 18:11
BEICHUAN - Trinta e três pessoas foram retiradas com vida dos escombros nesta sexta-feira (16/05), quatro dias depois do terremoto que devastou a região de Sichuan, no sudoeste da China, onde os socorristas continuam as buscas esperando novos milagres, anunciou a agência Nova China. Segundo a agência, somente no distrito de Beichuan, duramente abalado pelo terremoto, 17 pessoas foram resgatadas com vida nesta sexta-feira, entre elas uma criança encontrada sob as ruínas de seu colégio, na cidade de Beichuan. Os soldados e voluntários civis que vasculham as toneladas de concreto e ferro têm esperanças de resgatar outros sobreviventes, já que vozes são perceptíveis sob os escombros da escola. "Há fortes chances de que consigamos salvá-los", declarou um dos socorristas, citado pela imprensa. "Desistir é uma palavra que não consta no nosso dicionário", sentenciou. O presidente chinês, Hu Jintao, que chegou nesta sexta-feira à zona devastada e comandou equipes de socorristas, afirmou: "onde houver a mínima esperança, não mediremos esforços para resgatar as pessoas presas sob os escombros". Sobreviventes A Nova China destacou que muitos dos 33 sobreviventes resgatados hoje no distrito de Beichuan foram hospitalizados. Peng Zhijun, 46 anos, relatou que conseguiu sobreviver quatro dias sob os escombros com cigarros e guardanapos, bebendo a própria urina, informou a agência. Nesta sexta-feira, em Beichuan, os socorristas também encontraram duas pessoas que ficaram presas juntas sob os escombros de um prédio de escritórios durante 95 horas. Segundo a agência, uma enfermeira de 23 anos foi resgatada dos escombros de um hospital. Para o presidente Hu, os socorros entraram "na fase mais crucial". O terremoto de 7,9 graus na escala Richter aconteceu na tarde de segunda-feira, numa hora em que todos os escritórios e estabelecimentos escolares estavam cheios. O governo começou a preparar a população, ao divulgar pela primeira vez na quinta-feira um balanço de mais de 50 mil mortos.

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