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Governo chinês anuncia três dias de luto oficial

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postado em 18/05/2008 14:14
O governo chinês anunciou neste domingo (18/05) três dias de luto nacional pelas vítimas do forte terremoto que atingiu o país na segunda-feira, que teve seu número de mortos atualizado para 32 mil. O anúncio foi feito pouco depois um novo tremor atingir o sudoeste do país e complicar ainda mais as buscas por sobreviventes e a entrega de ajuda aos cinco milhões de refugiados ameaçados por epidemias. De segunda-feira (12/05) até quarta (14/05), os edifícios do governo nacional terão bandeiras a meio pau, indicou o governo em um comunicado. Além disso, sirenes serão soadas em todo o país na segunda-feira(19/05), indicando três minutos de silêncio às 14h28 locais (3h28 de Brasília), exatamente uma semana do tremor. Esta decisão entrará para a lista de modificações e paralisações da viagem da tocha, que teve que seu percurso alterado diversas vezes por manifestações pró-Tibete e de defensores dos direitos humanos críticos de Pequim. O terremoto causou 32.477 mortos confirmadas em todas as regiões afetadas, segundo a agência oficial Nova China. As autoridades chinesas temem que este número possa subir ainda mais, superando 50.000. Pelo menos três pessoas morreram devido a um novo tremor, de 6 graus na escala Richter, que foi sentido na cidade de Jiangyu, na devastada província de Sichuan. Desde o terremoto de segunda-feira, que foi de 8,0 na escala Richter - segundo revisão do governo -, o sudoeste da China registrou pelo menos 24 novos tremores secundários com magnitudes superiores a 5. Na manhã deste domingo, os socorristas conseguiram resgatar dois sobreviventes, que ficaram seis dias sob os escombros. No sábado, conseguiram salvar pelo menos 63 pessoas das ruínas. Segundo a agência estatal Xinhua, os controles efetuados nas instalações nucleares do país desde segunda-feira mostraram que estavam "seguras". As possibilidades de se encontrar novos sobreviventes diminuem na medida em que Sichuan está ameaçada por riscos de inundação e fortes chuvas que, segundo a imprensa local, poderia agravar a catástrofe.

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