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Fique por dentro de "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"

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postado em 18/05/2008 15:09
A trama passa-se agora nos anos 50, em plena Guerra Fria, com direito a vilões soviéticos - uma vilã, interpretada por Cate Blanchett - e até uma explosão atômica, já que o mundo, na época, vivia à sombra do medo do terrível cogumelo. Como foi possível manter a filmagem tão secreta, já que houve até o roubo de um computador que guardava informações preciosas sobre o roteiro, no escritório de Spielberg? "Esse roteiro permaneceu durante todo o tempo uma exclusividade minha, de George (Lucas) e de pouquíssima gente mais. Nunca o distribuímos para o elenco nem para os técnicos." Ford era a exceção - ele contribuiu com muitas idéias para a criação do personagem. Talvez, para manter o elemento surpresa, o leitor tenha de parar aqui e retomar a leitura somente depois de assistir a "O Reino da Caveira de Cristal", a partir de quinta-feira. Como "A Última Cruzada", o filme permite um acerto de contas entre pai e filho. Como Sean Connery não aceitou um papel, a solução foi matá-lo. A relação pai e filho fica transferida, portanto, para Ford e... Shia Labeouf. A caveira de cristal descoberta no Peru leva a aventura à Amazônia e faz uma salada faz uma salada entre incas e maias, o que, no limite (a partir das linhas de Nazca) permite ao diretor voltar a "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" e "E.T. - O Extraterrestre". A preocupação, tanto de Lucas quanto de Spielberg, foi fazer um filme de aventuras à moda antiga. Auto análise O diretor, solicitado a comentar o que há de bom e ruim no cinema de ação dos últimos tempos, revelou que adora a série Bourne e gostou de "Cassino Royale", em sua opinião o melhor James Bond desde "Moscou Contra 007". "As novas aventuras são muito aceleradas e não deixam a história acontecer", disse ele. "Passa-se muito rapidamente de uma ação a outra." "O Reino da Caveira de Cristal" volta aos stunts como substitutos dos efeitos digitalizados, e a ação é menos acelerada (e isso é uma coisa que o público talvez lamente). A coletiva terminou sob o signo da apoteose. Spielberg é ídolo de toda uma garotada que aprendeu a ver o mundo através de seus filmes. Na saída da sala de imprensa, simpaticamente, ele foi ao encontro dos jornalistas que haviam ficado de fora. Como um político em campanha, apertou as mãos de uns, conversou rapidamente com outros. Pelo menos uma mulher, com o filho de 7 ou 8 anos, chorava. Shia Labeouf disse que adorou entrar para o time, fazendo um típico rebelde com causa - um selvagem da motocicleta - dos anos 50. Sua cena mais difícil foi o duelo de sabres na corrida entre os dois jipes, que demorou semanas para ser filmado, mas isso você só vai desfrutar vendo o filme.

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