Mundo

Hezbollah quer definir lei eleitoral no encontro em Doha

;

postado em 19/05/2008 14:15
Beirute - Representantes do governo e da oposição libanesa encontraram mais dificuldades nesta segunda-feira (19/05), no terceiro dia de negociações em Doha, no Catar. O governo, apoiado pelos Estados Unidos, e a oposição, liderada pelo Hezbollah, discordam sobre como resolver o impasse. Em um comunicado, a facção liderada pelo Hezbollah afirmou que quer que os dois principais assuntos em pauta ; o governo de unidade nacional e a nova lei eleitoral ; sejam resolvidas antes do retorno a Beirute, onde uma eleição presidencial seria seguida alguns meses depois pela parlamentar. O comunicado indicava que os mediadores árabes, talvez impacientes com a lentidão das conversas, devem ter tentado que os dois lados pelo menos se comprometessem, em Doha, a apoiar o candidato de compromisso, Michel Suleiman, como presidente. Os outros problemas ficariam para discussões posteriores. O documento foi a maior evidência de que as conversas não estão conseguindo chegar a nenhum consenso. As conversações no Catar ocorrem dias depois de um acordo, mediado pela Liga Árabe, ter encerrado uma semana da pior violência ocorrida no país desde a guerra civil (1975-1990). Os grupo envolvidos concordaram em realizar negociações, para encerrar uma crise iniciada há um ano e meio. Armas - O primeiro desafio ao encontro ocorreu no sábado, quando o lado do primeiro-ministro Fuad Saniora pediu que fosse discutido o tema das armas do Hezbollah. O grupo militante se recusou ontem a abrir mão de seu arsenal. O governo libanês afirmou que evitará que militantes peguem em armas contra os próprios libaneses. O líder oposicionista cristão Michel Aoun disse que o governo oferece à oposição poder de veto sobre o futuro governo de unidade nacional com a condição de que o lado do Hezbollah concorde com a lei eleitoral proposta pela situação. Aoun qualificou a sugestão como "infantil", pois o governo só ficará até as próximas eleições parlamentares, em maio de 2009. "Eles querem dividir o poder conosco por 11 meses, então tomar o Estado e a presidência por mais quatro anos."

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação