postado em 20/05/2008 11:12
Lexington - Barack Obama poderia chegar ainda mais perto da nomeação como candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos nesta terça-feira (20/05). Apesar disso, sua rival na disputa, a ex-primeira-dama Hillary Clinton, seguia afirmando que não desistiria e que ainda tinha chances de ser a escolhida para enfrentar o republicano John McCain nas eleições presidenciais de novembro. Hillary prometeu prosseguir na disputa até a última primária, em junho. Nesta terça, estavam previstas primárias no Kentucky, onde a senadora por Nova York era amplamente favorita, e no Oregon, onde Obama liderava nas pesquisas.
Independentemente dos resultados do dia, o senador por Illinois tinha certeza que receberia mais delegados. Esse é o principal argumento da campanha dele para concluir o mais rápido possível a batalha com a ex-primeira-dama. Ter a maioria dos delegados pode ser o argumento decisivo para convencer os superdelegados a apoiá-lo. Eles serão vitais para a disputa, já que nenhum dos dois pré-candidatos conseguirá o número mínimo de delegados para vencer as primárias sem a ajuda dos superdelegados.
Em uma conta que inclui os superdelegados que já anunciaram seu voto, Obama tem 1.915 delegados, e Hillary, 1.721. Nas primárias de hoje, estão em jogo 103 delegados. Segundo uma projeção, Obama deve ficar a uma distância de 50 a 75 delegados do mínimo de 2.026 necessários para assegurar a candidatura na convenção nacional do partido, marcada para Denver no fim de agosto.
Matematicamente, porém, ele não pode garantir hoje a nomeação, nem mesmo arrasando Hillary nos dois Estados. O republicano McCain já centra seus ataques em Obama, o provável rival nas eleições de novembro. Ontem, o senador do Arizona chamou Obama de "inexperiente e descuidado" por afirmar que o Irã representa a mesma ameaça aos EUA que a União Soviética impôs no passado.