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Brasil é 90º no Índice de Paz Global da britânica EIU

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postado em 20/05/2008 12:52
Londres - Os países nórdicos lideram um ranking internacional de paz global, divulgado nesta terça-feira (20/05) pela Economist Intelligence Unity (EIU) britânica. O chamado Índice de Paz Global coloca o Brasil na 90ª posição, à frente dos Estados Unidos, 97º colocado. Os EUA foram apontados como um pouco menos pacíficos que no ano anterior. O país perde nesse quesito para países como Kuwait, Nicarágua e Líbia. A pesquisa foi divulgada pela segunda vez, e lista países de acordo com informações sobre gastos militares e respeito aos direitos humanos. No trabalho deste ano, a Islândia foi considerada o país mais pacífico, superando a vencedora da edição passada, Noruega, agora na terceira posição. A Dinamarca está no segundo posto. Portugal é o 7º colocado e o Reino Unido está em 49º, logo atrás do Panamá. De forma esperada, Sudão, Somália e Iraque ocupam a parte inferior da lista. Os iraquianos estão em último lugar. Na América do Sul, o Chile foi considerado o mais pacífico ; é o 19º no ranking geral. Em seguida aparecem Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Colômbia e Venezuela foram considerados os menos pacíficos da região. A idéia para a criação do índice foi de Steve Killelea, empresário e filantropo australiano que queria identificar o que torna um país pacífico. Ele questionou a Unidade de Inteligência da Economist sobre uma série de variáveis, como o nível de homicídios por 100 mil habitantes - que atrapalha a classificação dos Estados Unidos e ajuda a da Dinamarca -, corrupção e acesso à educação primária. "Os Estados Unidos vão tão mal porque tem a maior proporção da população presa no mundo. E tem altos índices de homicídio e alto potencial para atentados terroristas", disse Killelea. "Seu resultado geral é reflexo disso. O índice não está fazendo afirmações morais através do ranking." Gavin Hayman é diretor de campanhas da Global Witness, organização não-governamental que advoga por medidas anticorrupção e contra abusos aos direitos humanos. Para ele, os dados do estudo estão um pouco distorcidos. "As pessoas que fizeram esse estudo apenas olharam para a paz e a ausência da guerra, e essa abordagem pode levar a algumas leituras impróprias", avaliou Hayman. "Os Estados Unidos fizeram algumas coisas impróprias geopoliticamente, e o país está mal ranqueado por causa de seu alto gasto militar, mas é um pouco injusto, pois ele mantém as águas do mundo livres e tem um papel na proteção dos ativos globais", acrescentou. Segundo Andrew Williamson, diretor global do setor de pesquisas de clientes da Economist Intelligence Unity, uma das intenções é que outros pesquisadores avaliem os motivos de alguns países serem mais pacíficos que outros. "O índice tenta medir a ausência de paz. Nós não estamos buscando fatores explicativos sobre por qual motivo alguns países são mais pacíficos que outros", disse Williamson. "Nós estamos convidando outros para fazerem suas próprias análises."

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