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Senado dos EUA analisa projeto destinado a conter crise hipotecária

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postado em 20/05/2008 15:28
WASHINGTON - Um acordo bipartidário sobre o projeto de reforma do setor imobiliário, que deverá ser examinado nesta terça-feira (20/05) no Senado, torna possível a adoção por parte do Congresso de uma lei pela qual mais de 500.000 pessoas ameaçadas de serem desalojadas poderão manter suas residências. O dispositivo, sobre o qual senadores democratas e republicanos chegaram a um acordo ao término de várias semanas de ásperas negociações, estabelece a concessão de uma garantia do Estado sobre cerca de US$ 300 bilhões em empréstimos imobiliários a um custo menor para o contribuinte. "Essa lei é uma boa notícia tanto para os mercados como para os proprietários de imóveis", considerou Christopher Dodd, senador democrata por Connecticut (nordeste), citado em um comunicado. O texto, que tem como objetivo conter a crise imobiliária que ameaça mergulhar a maior economia do mundo em uma recessão, é apoiado também pelo senador republicano pelo Alabama, Richard Shelby. O projeto prevê a concessão da garantia do Estado a fim de auxiliar as pessoas endividadas a pagar antes dos prazos os empréstimos imobiliários, contendo assim a avalanche de embargos e permitindo que mantenham suas moradias, explicou nesta terça-feira o Wall Street Journal. O projeto inclui também uma reforma dos dois organismos de refinanciamento hipotecário, Freddie Mac e Fannie Mae, cuja função é comprar os créditos hipotecários dos bancos, explicou o jornal nova-iorquino. O presidente Bush havia anunciado que vetaria esse texto: "Queremos um bom projeto de lei de habitação que ajude as pessoas a manterem suas casas, e não um projeto que recompense os especuladores e organismos de crédito", disse. A fórmula examinada nesta terça-feira pela comissão bancária do Senado prevê deixar sob a responsabilidade de Freddie Mac e Fannie Mae o risco de insolvência para beneficiar o contribuinte, explica o Wall Street Journal. O custo do projeto chega a 500 milhões de dólares, ou seja, três vezes menos que a proposta adotada pela Câmara (1,7 bilhão de dólares), afirmou Dodd, citado pelo jornal. A Casa Branca deu a entender que não se opunha a essa iniciativa, e que via com bons olhos a reforma dos organismos de financiamento.

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