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Petróleo deve dominar a reunião de países do Ártico

Os países cobiçam as grandes reservas de petróleo e gás que existe no subsolo da região

postado em 26/05/2008 16:08
COPENHAGUE - Os cinco países que confluem com o Ártico reúnem-se nesta quarta-feira (28/05) na Groenlândia para dialogar sobre os desafios relacionados ao aquecimento da Terra e aos problemas de delimitação das fronteiras na região, que abrigaria importantes riquezas energéticas - objeto de reivindicações de Rússia, Estados Unidos, Canadá e Noruega no Ártico. Os ministros de Relações Exteriores destes países estarão presentes em Ilulissat, oeste da Groenlândia, território dinamarquês de ultramar. "Devemos solucionar nossos problemas pacificamente e através de acordos em conformidade com as leis internacionais", afirmou o chefe da diplomacia dinamarquesa, Per Stig Moeller. A secretária de Estado americana Condoleezza Rice, que participará de conferência sobre o Iraque em Estocolmo, delegou ao número dois do Departamento de Estado, John Negroponte, a missão de dirigir a delegação americana. O Canadá estará representado por seu ministro de Recursos Naturais, Gary Lunn, e Rússia, Noruega e Dinamarca por seus ministros de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, Jonas Gahr Stoere e Per Stig Moeller. Corrida para a exploração A corrida pelas riquezas potenciais do Ártico se acelera com o derretimento do gelo, que abre novas vias marítimas e facilita a exploração de petróleo. Canadá e Dinamarca disputam a soberania sobre a ilha Hans; canadenses e americanos divergem sobre a Passagem Noroeste, que une o Atlântico ao Pacífico. No verão boreal passado, exploradores russos enterraram uma bandeira no fundo do oceano, a mais de 4.000 metros de profundidade, ao final de uma expedição que deixou em evidência as pretensões territoriais de Moscou no Ártico. O direito internacional prevê uma zona de soberania de 200 milhas náuticas em torno do litoral dos países que se limitam com o Ártico; mas ainda resta um território de 1,2 milhão de quilômetros quadrados sujeito à cobiça, porque supostamente contém em seu subsolo um quarto das reservas de petróleo e de gás ainda inexploradas no mundo, segundo o instituto americano US Geological Survey.

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