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G-8 promete cortar emissão de gases poluentes em 50%

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Os ministros de Meio Ambiente dos sete países mais industrializados e a Rússia, o chamado G-8, prometeram nesta segunda-feira (26/05) reduzir pela metade, até 2050, a emissão de gases poluentes que causam o efeito estufa, e destacaram que as nações mais desenvolvidas devem assumir a liderança na luta contra o aquecimento global. Em declaração ministerial produzida em encontro preparativo para que se concretizem ações contra a mudança climática, na cúpula que realizará em Toyako (Japão) em julho, o G-8 se absteve, no entanto, de prometer compromissos firmes para uma redução dos gases poluidores a médio prazo, ou seja, até 2020. O encontro ministerial de três dias, do qual participaram Japão, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, França, Itália e Rússia, além de países observadores, também tentou impulsionar as negociações mais amplas na Organização das Nações Unidas (ONU) para alcançar um novo pacto mundial contra o aquecimento. "O principal resultado deste encontro referiu-se à mudança climática: expressamos uma vontade determinada de chegar a um acordo em Toyako, para reduzir as emissões de gases poluidores à metade até 2050," disse o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ichiro Kamoshita. "As nações mais desenvolvidas precisam mostrar liderança para chegar a esta meta." Somente os Estados Unidos são responsáveis por 25% das emissões mundiais de CO2 (dióxido de carbono). A declaração dos ministros do G8, no entanto, também faz referências à necessidade de os países em desenvolvimento reduzirem suas emissões de gases poluidores nos próximos dez a vinte anos. Embora tenham assinalado a necessidade de estabelecer metas a médio prazo, os ministros apenas fizeram uma menção indireta a um estudo da ONU que assinala a necessidade de os países mais desenvolvidos reduzirem entre 25% e 40% as emissões, até 2020, a fim de evitar os piores efeitos do aquecimento global.