postado em 26/05/2008 20:31
CARACAS - A relação das autoridades venezuelanas com a guerrilha das Farc ocorreu apenas para atender a um pedido do governo colombiano, destacou nesta segunda-feira (26/05) o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, ao comentar a morte do líder guerrilheiro Manuel Marulanda.
"Toda a relação que nosso governo teve com a guerrilha colombiana foi mantida a pedido do governo colombiano, e assim será no futuro", disse Maduro, em entrevista à TV estatal VTV. "Marulanda jamais precisou da Venezuela para ser Marulanda, nem as Farc precisaram da Venezuela para ser as Farc. A guerrilha colombiana é um fenômeno antigo e, inclusive, vai mais além do fenômeno guerrilheiro da América Latina, que surgiu após a vitória da revolução cubana", em 1959.
Entre agosto e novembro de 2007, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, agiu como mediador para a troca de reféns da guerrilha por rebeldes presos, até o líder colombiano, Alvaro Uribe, suspender tal mediação.
A Colômbia denunciou supostos vínculos da Venezuela com as Farc, citando informações descobertas no computador de Raúl Reyes, número dois das Farc, morto pelas forças colombianas em um acampamento no Equador.
No sábado passado, o Ministério colombiano da Defesa anunciou que Manuel Marulanda, de 80 anos, morreu no dia 26 de março passado, em conseqüência de um ataque cardíaco.