postado em 28/05/2008 13:49
Estocolmo - O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, chegou nesta quarta-feira (28/05) a Estocolmo para participar de uma conferência das Nações Unidas (ONU) que analisará a questão política e o progresso na segurança do Iraque. "O objetivo da conferência é apoiar o Iraque", disse Maliki em Bagdá, pouco antes de partir para a Suécia. "A tarefa de construção é mais difícil que o combate ao terrorismo." O primeiro-ministro disse ainda esperar que outros países perdoem a dívida externa iraquiana que aumentou muito durante o regime de Saddam Hussein.
Funcionários iraquianos e norte-americanos devem avaliar no encontro a situação de segurança no Iraque. Líderes iraquianos também serão pressionados para alcançar sucessos similares na esfera política, através da busca da reconciliação entre árabes sunitas e xiitas e os curdos. "A chave, claro, é que as partes sunitas da sociedade se movam mais claramente para as estruturas do governo", avaliou o ministro sueco de Relações Exteriores, Carl Bildt.
O maior bloco árabe sunita no Parlamento retirou seus representante no gabinete de 39 ministros do Iraque, em agosto passado. O argumento foi que o grupo estava com pouco poder de decisão na administração. Os políticos sunitas têm negociado um possível retorno, mas disseram terem suspendido as negociações por causa de uma disputa por cargos.
A minoria sunita tem se sentido alijada pela maioria xiita e pelos curdos, grupos que dominam o Parlamento nacional e o governo de Maliki. O porta-voz do governo iraquiano Ali al-Dabagh disse que os principais entraves para a reconciliação eram a Al-Qaeda e a interferência dos países vizinhos.
São esperados aproximadamente 500 representantes de mais de 90 países para o encontro na Suécia, entre eles o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, e o ministro de Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki.