postado em 31/05/2008 17:46
CHIGACO - O medicamento contra a osteoporose Zometa, do laboratório suíço Novartis, reduziu em 35% o risco de recocorrência em mulheres na pré-menopausa com câncer precoce de mama, segundo um estudo clínico apresentado este sábado (31/05) em Chicago. Trata-se do primeiro estudo clínico em grande escala (1.800 mulheres) que confirma as propriedades anticancerígenas do Zometa (ácido zoledrônico), um novo bifosfonato.
Essa categoria de medicamento já é usado contra as metástases ósseas e a osteoporose, doença que provoca a diminuição da massa óssea. "É estimulante descobrir que o ácido zoledrônico, além de impedir a perda de tecido ósseo nas mulheres que fazem um tratamento hormonal contra o câncer de mama, também pode reduzir a probabilidade de reaparecimento do tumor", declarou o doutor Michael Gnant, professor de Cirurgia da Universidade de Viena e principal autor desses estudos.
O doutor Gnant apresentou os resultados desse estudo na 44a Conferência Anual da Sociedade Americana de Oncologia, realizada neste final de semana em Chicago (Illinois, norte). "Este estudo em grande escala mostra que as propriedades antitumor do ácido zoledrônico melhoram os resultados do tratamento mais além de seus efeitos na terapia hormonal", disse Gnant durante uma entrevista coletiva à imprensa.
"As futuras pesquisar tentarão otimizar as doses e determinar que pacientes são suscetíveis de ser beneficiados por esse tratamento", acrescentou. Se um estudo clínico em curso com o Zometa confirmar esses resultados, os oncologistas acreditam que esse tratamento poderá ser testado contra outros cânceres que apresentam um risco elevado de metástase nos ossos, como o câncer nos rins.