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Equador pede à OEA que assuma investigação dos computadores das Farc

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postado em 01/06/2008 19:16
MEDELLIN - A chanceler equatoriana Maria Isabel Salvador pediu neste domingo (1º/06) à Organização de Estados Americanos (OEA) que assuma a investigação dos documentos que, segundo a Colômbia, foram encontrados em computadores apreendidos com a guerrilha das FArc e que, segundo Bogotá, provam as ligações entre Quito e Caracas com os guerrilheiros. O pedido da diplomata foi feito antes do início da assembléia geral da organização na cidade colombiana de Medellín. "Os membros de meu governo não temem uma investigação, pois temos a consciência limpa", afirmou a chanceler, negando que o Equador tenha algum tipo de relação com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que não seja para tentar obter a libertação dos reféns em poder desse grupo. A OEA iniciou no sábado as celebrações de seus 60 anos de existência e neste domingo inaugura sua 38ª Assembléia Geral, que tem como objetivo acabar com a crise entre Quito e Bogotá. O secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, deu início às celebrações à véspera da primeira Assembléia-Geral desde que Quito rompeu relações com Bogotá devido a uma operação militar colombiana em território equatoriano, no passado mês de março. Insulza adiantara que a crise bilateral entre o país anfitrião e seu vizinho Equador seria o tema central desta reunião. O funcionário submeterá na terça-feira aos 34 países participantes na Assembléia um informe sobre as gestões que a OEA realiza para promover uma aproximação entre as duas nações. Em um discurso pronunciado na noite de sexta-feira em Medellín (noroeste), o presidente colombiano Álvaro Uribe insistiu no término da crise com o Equador e assinalou que a Colômbia quer "harmonia com os países irmãos e vizinhos" aos quais convidou para fazer "uma grande aliança para derrotar o terrorismo". Bogotá ordenou um ataque contra um acampamento da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em território equatoriano em 1º de março último, que terminou com a morte de 25 pessoas, entre elas o número dois do maior grupo rebelde colombiano, Raúl Reyes. Depois do ataque, o governo colombiano Rafael Correa rompeu relações com a Colômbia. O Equador tentou na OEA uma "condenação" à atitude colombiana, mas obteve apenas uma "resolução de rechaço". O governo colombiano acusou os governos do Equador e da Venezuela de ter vínculos com as FARC, a partir de dados encontrados em um computador que Bogotá alega ter confiscado no ataque. Quito e Caracas negam essas afirmações, que contribuído para aumentar ainda mais as tensões entre a Colômbia e seus vizinhos.

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