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Pais que perderam filhos em tremor protestam na China

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postado em 03/06/2008 10:10
Dujiangyan, China - A polícia chinesa dispersou nesta terça-feira (03/06) uma manifestação de mais de cem pais que protestavam por causa da morte de seus filhos em escolas que desabaram durante o devastador terremoto de 12 de maio. O tremor alcançou 7,9 graus na escala Richter e provocou a morte de pelo menos 69.107 pessoas. Mais de 18.200 continuam desaparecidas e cerca de 5 milhões de chineses estão desabrigados. Os participantes da manifestação eram pais cujos filhos estudavam numa escola de Juyuan, perto de Dujiangyan, onde 270 estudantes morreram. Os pais, muitos deles exibindo fotografias dos filhos perdidos, reuniram-se perto de um tribunal em Dujiangyan, uma estância turística a noroeste de Chengdu, capital da província chinesa de Sichuan. Eles acreditam que as escolas tenham desabado por terem sido precariamente construídas. "Por quê?", gritavam alguns dos manifestantes em desespero. "Digam-nos alguma coisa", exigiam os pais enquanto a tropa de choque afastava o grupo do tribunal. Alguns deles ajoelharam-se diante da corte dizendo que queriam processar o governo. Acusações de que crianças teriam morrido em desabamentos de escolas precariamente construídas têm alimentado revolta e atraído a atenção da população chinesa. A situação preocupa o governo central. De acordo com números oficiais, o terremoto destruiu 7 mil salas de aula. O presidente da China, Hu Jintao, e outros funcionários do alto escalão da administração têm sido mostrados freqüentemente na televisão estatal visitando crianças em escolas improvisadas.

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