postado em 03/06/2008 10:36
WASHINGTON - O ex-presidente Bill Clinton criticou a imprensa e os aliados do candidato Barack Obama por seus supostos ataques contra sua esposa Hillary Clinton, que poderá se ver forçada nesta terça-feira (03/06) a abandonar a disputa pela indicação democrata para a eleição presidencial americana.
Após as últimas primárias democratas desta terça-feira em Montana (noroeste) e em Dakota do Sul (norte), Barack Obama poderá conseguir o apoio de um número suficiente de delegados para ser indicado como candidato democrata para enfrentar em novembro o republicano John McCain. Em comentários registrados no site Huffington Post, Bill Clinton classificou o autor de um artigo da Vanity Fair, que o acusava de ter prejudicado a campanha de sua esposa, de "desonesto e desprezível".
Durante um encontro com militantes de Hillary em Dakota do Sul, o ex-presidente afirmou que o artigo em questão continha "mentiras caracterizadas". Ele acrescentou: "Isso faz parte da tentativa da imprensa nacional de crucificar Hillary em benefício de Obama. É simplesmente a cobertura mediática mais parcial da História. É uma outra maneira de ajudar Obama".
Bill Clinton criticou também o rival de sua esposa por sua suposta lentidão para denunciar Michael Pfleger, um padre católico que, ao ser convidado para um culto na igreja de Chicago freqüentada por Obama, debochou de Hillary Clinton por considerar que a candidata adota uma postura racista.
"Havia todas aquelas pessoas de pé na igreja, aplaudindo e chamando Hillary de branca racista e ele não fez nada a respeito", declarou Bill Clinton, de acordo com o site. Ele criticou os métodos do senador pelo Illinois, acusando-o de recrutar "outras pessoas para prejudicar a senadora por Nova York". Seu porta-voz Jay Carson indicou no site Huffington Post que Bill Clinton ficou chateado com "o artigo ultrajantemente injusto" da Vanity Fair, mas admitiu que suas declarações foram "inapropriadas".