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Astiz será julgado por desaparecimento de freiras na ditadura argentina

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postado em 03/06/2008 15:28
BUENOS AIRES - Alfredo Astiz, um ex-capitão da Marinha de Guerra argentina conhecido como "Anjo louro da morte", será julgado pelo desaparecimento de duas freiras francesas e de integrantes das Mães da Praça de Maio durante a ditadura (1976-83), informou nesta terça-feira (03/06) à AFP uma fonte judicial. O juiz federal Sergio Torres ordenou nesta terça que Astiz seja levado a julgamento, ainda sem data prevista, devido ao seqüestro e desaparecimento das religiosas Leónie Duquet e Alice Domon, em dezembro de 1977 nas mãos de um comando da Marinha. Os restos de Duquet foram sepultados em uma cerimônia em 2005, depois de terem sido encontrados em um cemitério clandestino. A Justiça apurou que Duquet foi jogada viva no mar vítima de um dos chamados "vôos da morte", enquanto Domon permanece desaparecida. A acusação também inclui o caso de seqüestro e desaparecimento de Azucena Villaflor, fundadora da organização humanitária Mães da Praça de Maio e de outras de suas integrantes. Astiz sentará no banco dos réus junto com oito antigos companheiros da Marinha de Guerra, entre eles os oficiais Jorge "Tigre" Acosta, Antonio Pernías e Juan Carlos Rolón. Astiz e Acosta não terão as regalias de oficiais da reserva uma vez que foram destituídos das patentes.

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