postado em 04/06/2008 16:00
MADRI - A Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF) realizará na Espanha uma campanha de coleta de amostras de sangue de parentes de desaparecidos, principalmente, durante a ditadura argentina (1976-1983) para ajudar na identificação de vítimas na Argentina.
"As amostras serão enviadas para a Argentina, analisadas e comparadas com informações adquiridas de uma base de dados genéticos para tentar identificar centenas de vítimas que continuam sendo anônimas", disse à AFP o conselheiro de Direitos Humanos da embaixada argentina em Madri, Carlos Duhalde.
A campanha será centrada nos familiares de vítimas desaparecidas na Argentina entre 1974 e 1983, informou um comunicado da embaixada argentina na Espanha. A coleta de amostras será feita na representação diplomática da Argentina nos dias 12, 13, 16, 17, 18 e 19 de junho.
Posteriormente, coletas de amostras serão feitas também nos consulados argentinos de Barcelona (Catalunha, nordeste), Vigo (Galícia, noroeste), Cádiz (Andaluzia, sul) e Tenerife (arquipélago das Canárias).
Duhalde afirmou que "há muitos parentes de desaparecidos que saíram da Argentina", indicando que a campanha também será dirigida aos "espanhóis" que poderiam ter familiares desaparecidos.
De acordo com organismos humanitários, na última ditadura argentina cerca de 30.000 pessoas desapareceram.