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Alerta nuclear na UE por falha em reator atômico na Eslovênia

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postado em 04/06/2008 23:20
BRUXELAS - A União Européia acionou, nesta quarta-feira (04/06), seu sistema de alerta para acidentes nucleares diante de um problema registrado na central em Krsko, sudoeste da Eslovênia, que ficou paralisada durante "algumas horas", anunciaram autoridades da UE. "A central foi paralisada como medida preventiva para permitir que o pessoal determinasse as causas da avaria e fizesse reparos", declarou Bruxelas em uma nota. "Não foi necessária uma parada de emergência, e o problema não deve ter qualquer impacto sobre o meio ambiente". "Não há perigo para a população, nem para o meio ambiente", acrescentou uma porta-voz da Presidência eslovena da UE, Maja Kocijancic, ressaltando que o vazamento não envolvia material radioativo, e sim água. "O sistema de resposta de emergência ECURIE da Comissão recebeu uma mensagem de alerta da Eslovênia, às 17h38 (12h38 de Brasília). Uma perda de líquido refrigerante foi registrada no sistema de esfriamento da usina nuclear de Krsko", declarou Bruxelas. Em Zagreb, um funcionário ligado à direção croata da central disse que "é uma questão puramente técnica, sem gravidade". "A União Européia foi informada, como exigem as regras, mas não foi um incidente passível de se informar à opinião pública", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado. A central nuclear de Krsko (120 km a leste de Liubliana), explorada em conjunto por Eslovênia e Croácia, foi construída pelo consórcio americano-japonês Westinghouse e entrou em operação em 1983. Após um mês de trabalhos de manutenção, havia voltado a funcionar plenamente em novembro passado e produzia, no presente, 20% da eletricidade utilizada na Eslovênia e 15% da usada na Croácia. A UE criou o sistema de alerta ECURIE em 1987, após a explosão da central soviética de Chernobyl (Ucrânia), para que os Estados-membros do bloco informem sobre "acidentes nucleares maiores, ou emergências radioativas", segundo Bruxelas. Apesar de o sistema ser utilizado com freqüência, é raro Bruxelas julgar um incidente grande o suficiente para anunciá-lo, considerou o porta-voz da Comissão Européia encarregado de questões energéticas, Ferran Tarradellas

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