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'Cérebro' dos ataques quer pena de morte para virar mártir

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Khaled Sheikh Mohammed, considerado o "cérebro" dos ataques do 11 de setembro de 2001, anunciou nesta quinta-feira (05/06) que espera ser condenado à pena de morte para poder virar mártir, durante o julgamento que teve início nesta quinta-feira, em Guantánamo. Mohammed também disse que não aceita advogados civis e militares e que ele mesmo assumirá sua defesa. Os cinco homens acusados de planejar os atentados do 11/9 aparecem em público pela primeira vez em cinco anos nesta quinta-feira, em um tribunal militar na base naval de Guantánamo, ilha de Cuba. Além de Khaled Sheikh Mohammed, Ramzi Binalshibh, Ali Abd al-Aziz Ali, Wallid bin Attash e Mustapha al-Hawsawi podem ser condenados à pena de morte, caso sejam considerados culpados pelo tribunal militar na base americana. Os cinco detidos enfrentam várias acusações, que incluem conspiração, assassinato, ataque a civis, destruição de propriedade, terrorismo e ajuda material a terroristas. Jornalistas e outras pessoas que acompanharão a audiência, incluindo membros de grupos de defesa dos direitos civis, ficarão em uma área de uma antiga pista de pouso. Todos os suspeitos foram presos entre 2002 e 2003 e transferidos para a polêmica base na ilha de Cuba em 2006, depois de, supostamente, terem passado anos em prisões secretas da CIA. O general Thomas Hartmann, assessor legal do tribunal militar, afirmou que a defesa gozou de direitos "extraordinários". No entanto, destacou que mesmo que os acusados sejam absolvidos não serão liberados antes do fim da chamada "guerra contra o terrorismo" de Washington.