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ONU lança campanha pelo fim do 'vício em CO2'

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postado em 05/06/2008 18:18
SAN JOSÉ - Coma menos carne de boi e mais verduras, não use escova elétrica para escovar os dentes e desligue seu computador quando não o estiver usando. Essas são algumas das recomendações da campanha da ONU "Deixe o vício do CO2", no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira (05/06). Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o foco da campanha são os consumidores que andam a pé, que não precisam fazer "grandes mudanças, ou grandes sacrifícios", para reduzir pela metade sua cota individual de emissões de gases nocivos ao meio ambiente. A Costa Rica a escolhida para lançar a iniciativa. Esse guia para a "neutralidade do clima" recomenda uma dieta saudável, com consumo reduzido de carne de boi, já que "o gado emite muitíssimo metano", afirmou o diretor regional do PNUMA, Ricardo Sánchez, defendendo que "se nos tornarmos vegetarianos, melhor". Estudos mostram que também é possível reduzir em outros dois milhões de toneladas de dióxido carbono, por ano, viajando nos aviões com bagagem inferior a 20 kg. Esse guia prático também aconselha que, todos os dias, as pessoas despertem com um relógio tradicional de corda, em vez de usar o alarme de um que seja eletrônico. Além disso, recomenda o uso do varal de secar roupa, e não da secadora. Atitudes como essas, são suficientes para uma economia diária de 48 gramas e 2,3 kg de CO2, respectivamente. Substituir a caminhada de 45 minutos em uma esteira por uma corrida em um parque próximo deixará de enviar quase 1 kg dos principais gases causadores do efeito estufa na atmosfera. A "mudança dos padrões de consumo" é prioritária para conter a deterioração do ambiente, decreta Sánchez, insistindo em que "o consumo não pode ser o paradigma do bem-estar, ou do crescimento". Em uma região como a latino-americana, a prioridade é uma mudança do modelo econômico, comentou. "A região não está bem preparada para as mudanças do aquecimento global e, por isso, a prioridade mais importante é a adaptação à mudança climática, começar a desenvolver ações para mudar a maneira de administrar os ecossistemas, a energia, a economia e os padrões de consumo", completou. Sánchez lembrou que a América Latina passa por vários anos de crescimento econômico e que, de acordo com a Cepal, neste ano, crescerá entre 4% e 5%. Já a alta no preço dos alimentos elevará a pobreza em "5% a 7%", enquanto isso, o meio ambiente continuará a se degradar, alertou. Um exemplo disso, afirmou, é a Amazônia, que a cada ano continua perdendo superfície, ou a América Central, que, à exceção da Costa Rica, "é a região do mundo com maior índice de desmatamento".

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