postado em 05/06/2008 19:25
NOVA YORK - O Conselho de Segurança das Nações Unidas "expressou preocupação" com um incidente causado pela detenção de diplomatas americanos e britânicos, que aconteceu nesta quinta-feira (05/06), por parte da polícia do Zimbábue e pediu respeito "à Convenção de Viena, em particular ao princípio de proteção aos funcionários das embaixadas", disse Jeff DeLaurentis, ministro conselheiro da missão americana na ONU.
Os diplomatas americanos e britânicos foram detidos irregularmente, em um episódio classificado de "inaceitável" pela Casa Branca e pelo governo britânico. Algumas horas depois, a Grã-Bretanha anunciou que os diplomatas foram liberados.
Os Estados Unidos alertaram o Zimbábue de que não esquecerão o incidente. "Ainda que este problema seja resolvido, ele não será esquecido", declarou a porta-voz da presidência, Dana Perino. Ela acrescentou ainda que o Conselho de Segurança - cuja presidência rotativa será assumida pelos Estados Unidos agora em junho - acompanhará o caso.
Já a vice-embaixadora britânica, Karen Pierce, disse que o incidente é "sintomático das intimidações e da violência sofridas pelos cidadãos comuns do Zimbábue, com a proximidade do segundo turno das eleições presidenciais", no fim de junho.
Segundo um porta-voz do governo de Harare, os diplomatas estavam reunidos na casa de um opositor do governo.
O Zimbábue realizará no dia 27 de junho o segundo turno de suas eleições gerais. O atual presidente Robert Mugabe concorrerá com o líder da oposição, Morgan Tsvangirai.
O governo do Zimbábue também decidiu suspender as atividades de todas as organizações humanitárias no país "até segunda ordem", anunciou uma fonte próxima da Associação Nacional das Organizações Não Governamentais
Segundo a fonte, o ministro de Administração Pública, Nicholas Goche, enviou uma carta a todas as organizações humanitárias que operam no país, pedindo a suspensão de suas atividades "até nova ordem".