Mundo

Premiê iraquiano visita Irã e discute acordo de cooperação

;

postado em 07/06/2008 14:01
TEERÃ - O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, chegou neste sábado a Teerã para examinar um acordo estratégico de cooperação entre Iraque e Irã, em sua terceira visita à república islâmica desde que assumiu o governo em 2006. Maliki foi recebido pelo primeiro vice-presidente iraniano Parviz Davudi. "A visita do primeiro-ministro faz parte de uma série de visitas para falar sobre diversos problemas entre nossos países e criar um comitê estratégico para desenvolver as relações bilaterais", declarou por telefone o porta-voz de Maliki, Ali al Dabbagh. "Durante sua visita, o primeiro-ministro dirá que o Iraque não servirá de base ou ponto de partida para ataques contra países vizinhos", destacou al Dabbagh. Assuntos econômicos, como o abastecimento de eletricidade, as exportações de petróleo e as importações de água também fazem parte da pauta de Maliki em Teerã. Líder do partido xiita Dawa, Maliki viajou para o Irã pela primeira vez como primeiro-ministro em setembro de 2006. Durante o regime do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, Al Maliki viveu a maior parte do tempo exilado no Irã. O Irã, cujo governo é dominado por xiitas, representa um papel importante para o Iraque, principalmente junto aos partidos e milícias xiitas anti-Estados Unidos. Mas o país é contra a presença militar americana no Iraque. O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, visitou Bagdá em março deste ano. Iraquianos e americanos negociam com os iranianos desde o início de março um acordo de "cooperação e amizade a longo prazo", que deve estabelecer as bases de suas futuras relações bilaterais, principalmente no que diz respeito ao delicado assunto da presença militar americana no Iraque. O futuro acordo, batizado de Status of Forces Agreement (SOFA), lançará as bases legais para a permanência das tropas americanas no Iraque a partir de 31 de dezembro de 2008, quando vence o prazo de sua presença em território iraquiano, determinado por uma resolução da ONU. O acordo deve ser assinado antes do dia 31 de julho.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação