postado em 09/06/2008 13:49
BOSTON - O senador Edward ("Ted") Kennedy deve voltar para casa nesta segunda-feira (09/06) depois de cirurgia bem sucedida para a retirada de um tumor cerebral à qual foi submetida semana passada. Ted Kennedy, de 76 anos, único irmão vivo do presidente assassinado John Kennedy, havia sido internado no Centro Hospitalar Universitário Duke em Durham, Carolina do Norte (sudeste). "O senador Kennedy reside em Hyannis Port (Massachusetts, nordeste)", precisou seu porta-voz.
"Os médicos estão satisfeitos com o progresso de seu estado de saúde em seguida à intervenção e ele continuará a convalescença em casa para iniciar a fase seguinte do tratamento", segundo um comunicado. Ted Kennedy se submeteu à intervenção delicada de três horas e meia de duração, primeira etapa de um tratamento contra um câncer cerebral diagnosticado há duas semanas.
Kennedy, o patriarca da família mais famosa dos Estados Unidos, se submeterá em breve a um tratamento com radiação e à quimioterapia no Massachusetts General Hospital de Boston. "Quando terminar o tratamento, voltarei logo para o Senado para fazer o que puder para ajudar Barack Obama a se tornar nosso próximo presidente", declarou o próprio Kennedy, de acordo com a nota divulgada hoje, antes da operação, por sua assessoria de imprensa.
O patriarca de 76 anos, último irmão vivo do ex-presidente John F. Kennedy, foi submetido a uma biópsia no cérebro que diagnosticou um glioma maligno no lobo parietal esquerdo. Esses gliomas malignos aparecem, em geral, após mudanças genéticas de algumas células do cérebro que sustentam a atividade neurológica. Sua origem continua sendo, porém, um mistério, de acordo com especialistas.
Os médicos não emitiram um prognóstico, mas segundo o Instituto Nacional do Câncer dos EUA, a expectativa média de vida com esse tipo de câncer é de alguns meses a cinco anos, dependendo da evolução do tumor. Graças a novos remédios e tratamentos, a taxa de sobreviva vem aumentando ao longo da última década.
Mais novo de quatro irmãos, Edward se tornou o patriarca do clã depois dos assassinatos de JFK, primeiro presidente católico dos Estados Unidos, em novembro de 1963, em Dallas e, cinco anos mais tarde, de Robert Kennedy, candidato presidencial.